Visões no Arrebol

Te vejo como vejo os passarinhos...
Cantando melodias no arrebol!...
Escrevendo frases em pergaminhos,
De belos cantos — como o Rouxinol!

À tarde, todos voltam para os ninhos,
as penas refletindo a luz do Sol.
Enfeitam céu azul; não vão sozinhos
como eu. Que melancólico arrebol!

Tu és um anjo a iluminar os campos,
Tal qual um vaga-lume na floresta,
Onde o desencanto tornou-se encanto...

Que alegria sutil a tudo empresta,
a doce sensação desse acalanto,
— o amor mais puro, cantado em seresta.


Pacco // Nilza Azzi