Meu devir
Nos ventos de tua vela eu oscilo
Meu vacilo, um alado sem vento
Meu tormento guardado em teu silo
E sem asilo; olhe o meu documento.
Perdido em sensações me procrastino
Me vejo em labiríntico sentir
O que será por fim o meu destino
Em teu olhar, resposta ao meu devir.
Teor do que disseres, meu martírio
Violência destas vagas, meu desterro
E a mágica que espero em transe e impasse
Acalme por favor o meu delírio
Me chama, prende a ti, com tanto aferro
Abole este terror, forte me abrace!
Josérobertopalácio Ana MariaGazzaneo