A DOR DE NOSSA CRUZ

Tão calejado, o homem

já suporta o peso da cruz.

A dor é o fermento que avoluma

e modela a estrutura da tolerância.

Muitos se prontificam

a roçar a cegueira dos caminhos.

A coragem do caminhante

se forja na dor e pela cruz.

Os caminhos estão propensos

a suportar a forca

que cai sobre os olhos.

Qual o limite da dor?

O que há depois da dor?

Depois das farpas

a dor volta a enxergar.

A dor é a referência da ação.

A ação é uma resposta à dor.

Toda ação é diretamente proporcional

ao grau de tolerância à dor.

A força da dor é suportar

a fera que nos aprisiona.

O maior desafio é controlar

as forças que dominam os instintos.

Controlar a natureza

é virtude dos racionais.

A fera rasgou as grades,

solta está para promover

a paz.

Que seja assim…

Carpe diem.

MARCOS ARRÉBOLA E MARCO BREGONCI

Marcos Arrébola
Enviado por Marcos Arrébola em 07/12/2010
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