Linhas do Destino

Entre as linhas que eu teço agora

-Entremeio a realidade e a fantasia-

Verso risonho, dissimulado, chora

Enquanto verso triste simula alegria.

E este anacronismo que aqui retrata

-A parte fraca quer prender a forte-

Se meu caminho quer levar pro sul

Seu caminhar conduzirá ao norte.

Entre o impasse desse ir e vir

Tem o consenso para o versejar

Se a linha reta vai nos conduzir

A tortuosa quer nos encantar.

Uso o bom senso, inspiração e tino

Reverto o reverso e me ponho a riscar

Sigo e teço nas linhas do meu destino

A dubiedade fascinante do verbo poetar.

Minas/Rio

Marçal Filho e Lena Ferreira
Enviado por Marçal Filho em 14/06/2011
Reeditado em 05/07/2015
Código do texto: T3033974
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