[Amor vai... Amor vem...]

Apresentando Opuntia em dueto com O Transversal

No meu (a) mar encontrei pedras.

Ficaram alguns amores de amor passado,

Outros tardios... vielas escuras, fados perdidos,

Revirados em angústias de mim

Balanceadas, pelo amar.

[encontrei encontros, tive desencontros]

Reencontros num navegar, sem velas, sem rumo,

Num farfalhar de murmúrios, tagarelas,

Baladas no desamor,

Universal o meu amor apenas refletido,

Refletido no espelho onde me olho.

Olho me então, as velas suspensas,

Pelo vento de norte num vaivém de eus,

Estão lá cravadas,

As buscas, rebuscando errar menos, também,

E a brisa que envolve e ameniza o não envolvimento

Traz de volta o vento que fortalece.

[o que já não mais se sente]

Oh... como eu senti...

Como o vento que me banhava a cara

Refrescava-me o ser, voava até mais não,

E via, sim, via, sentia,

E subia sem parar, nas paragens vãs...

E, quando olhava à minha volta,

Via-te, sentia-te.

(“Opuntia será...” e assim é publicado este texto, em forma de dueto, numa troca de versos, algures no tempo, algures numa noite, talvez sem luar, ou talvez num dia de sol encoberto. As palavras ficaram [encontrei encontros, tive desencontros], que o vento, por vezes, pela calada brisa, transporta, refrescando o ser.)