desamor

Desamor

Apesar de tantos sonhos maravilhosos,

de tantas declarações e juras de eterno amor,

nos perdemos no decorrer do tempo

na rotina que transforma abraços em simples formalidades,

beijos apaixonados em pequenos toques de lábios, que não significam mais nada...

Onde nos desencontramos?

Onde foi que o amor começou a desaparecer?

Onde nos transformamos meros conhecidos?

Em que parte da estrada um de nós deixou de seguir?

Onde nossas mãos se separaram?

Se o tempo não tem sido mais o nosso melhor amigo,

se as nossas juras já são desprezadas,

porque insistimos tanto nesse relacionamento?

Medo da solidão? Medo do vazio?

Onde nós deixamos de nos amarmos realmente,

para representar um papel na vida do outro?

Você tem coragem de olhar no espelho

e se perguntar, sem medo da resposta:

-ainda existe amor?

Enquanto isso, muitos vão vivendo,

carregando casamentos, namoros e noivados,

como se fossem fardos, costumes, sentenças...

E nos perdemos na longa estrada do tempo,

que vai transformando qualquer grande amor,

em quase nada, em lembranças de tempos melhores,

restos do que fomos, trapos de sonhos

e nos transformamos de apaixonados em acomodados,

e vamos morrendo pouco a pouco, porque aceitamos migalhas,

nos contentamos com o que sobrou.

E assim, termina mais um dia de rotina,

que tira o que é o nosso melhor:

a chama no olhar e o desejo tão simples

de ser feliz.

Descubra rapidamente, onde as mãos se separaram...

deusa poetica
Enviado por deusa poetica em 14/12/2006
Código do texto: T317961