A FLOR E O PEDREGULHO - O VENTO RESPONDE 
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A FLOR E O PEDREGULHO.
Uma ventania muito forte passou por entre as flores de um jardim e, carregou uma sementinha para bem longe dali. Desesperada, ela começou a gritar: aaaaiiii me solte... Não consigo respirar, por favor, me solte, meeeeee solte. – muito bravo, o Senhor Vento soltou a sementinha que caiu em um lugar qualquer. Logo em seguida, caiu uma forte chuva, e, a enxurrada arrastou a sementinha que ficou presa sem saber exatamente no que. Depois de tanta confusão, a sementinha adormeceu, e nem viu que nasceu um lindo dia de sol. Depois veio a noite, e com ela o orvalho. E assim, foram se passando alguns dias e algumas noites. Numa bela manhã, a sementinha acordou toda inchada e toda apertada. Ela tentou se mover e não conseguiu, foi quando percebeu que estava bem debaixo de um pedregulho. Muito zangada, ela retrucou: Senhor Pedregulho quer fazer o favor de sair daí? O Senhor me atrapalha e eu preciso crescer. – eu te atrapalho? Ora essa, não fui eu que a coloquei aí, pelo contrário, eu te dei acolhida, te protegi do sol escaldante e do frio da noite. Vê se fica quieta e não seja mal agradecida. Muito contra sua vontade, ela se aquietou, até que um dia, caiu uma forte tempestade, e a água da chuva só não a carregou porque o pedregulho prendeu com toda força as raízes daquela sementinha que começara a brotar. Assim foram se passando os dias e os meses, e aquela pequena semente foi se transformando numa pequena árvore, forte, bonita e vistosa. Ela era tão frágil, tão indefesa, e, no entanto aquele pedregulho fora sua proteção. Era chegada sua vez de protegê-lo contra o calor do sol com sua sombra, ou das fortes chuvas e tempestades com as suas folhas. Foi então que ela se deu conta que nada e nem ninguém deve viver isoladamente, sem precisar um do outro, e que o amor e a união são os únicos e maiores caminhos para se alcançar a felicidade.


Billy, tudo o que tenho a dizer se resume em uma única palavra. Obrigado por você existir. Carinhosamente para a eternidade – Sidneya Rossi - 08-05-1998.

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O VENTO RESPONDE

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Ah! Sei de onde veio aquela forte ventania.
Aquelas flores aquele jardim, seus gritos hilários, ainda era dia.
Fiquei bravo mesmo, como se atrevia a falar comigo assim?
Afinal estou de bem com o tempo,
Eu sou o Senhor Vento.

Ainda bem que a soltei, na chuva, na enxurrada.
Vigiei, percebi que estavas cansada, e a vi adormecer.
Confusão era muito arrogante, e tinhas jeito de brava.
Meu amigo sol, finalmente apareceu.

Veio à noite, e com ela logicamente o orvalho.
Um belo dia te vi sem ar, apertada pelo pedregulho.
Desesperada percebeu que o pedrê... Tava em cima e tu embaixo.
Furiosa, desfigurou-se num mau humor, acabou ficando quase murcha.
Quando disse que precisava crescer,
Sorri, com a cara que o pedregulho fez.
Afinal a intrusa era tu, rsrsrs, ele era o dono do pedaço.
Era quase único, todo ano, dia ou mês.
Coitado ele se magoou, sentia-se feito um palhaço.

O tempo passou acostumaram-se um ao outro.
Não era uma Brastemp essa convivência, mas dava pro gasto.
Passaram por tantas outras tempestades, invernos, verões, e outonos.
No fundo tu sabias que ele era teu maestro.

Ele o protegia de mim o vento, da chuva e do sol.
Mas já estava com avançada idade.
Cresceu linda e forte,
faltava saírem e pescar um ou vários peixes no anzol.
Sua sombra o protegeu, estavam juntos há muito tempo.
Que lindo tantas brigas, e destes a ele, apoio, carinho e alento.
Nunca tiveram facilidades.
Aprenderam que não se deve viver isoladamente.
Enfim encontraram a felicidade.
Parabéns pedregulho, parabéns semente.

Billy Brasil – 26-06-2012 – 20,45 hs – PQI – SBC-SP – TERÇA.



Sidneya...
A vida nos reserva surpresas. Quando apresentei o Clóvis Monteiro dos Santos, que hoje ilustra com os anjos no céu, sabia que apesar de toda a dificuldade e sonhos, voce chegaria como chegou. Quem agradece sou eu, beijos no coração Billy.