Verso Vadio

Meu verso sorriu um riso falso

brincou de ninar a inconsequência,

talvez por clemência desceu a ladeira

sem eira e nem beira criou alternância.

Aos passos ébrios com deselegância

se fez de coitado sem chamar atenção,

nessa contramão de portas fechadas

avistou a fonte da casta inspiração.

Então desinventou a seriedade

zombou da vaidade só pra divertir,

com passos trôpegos fez-se de rogado

e deixou de lado o que queria sentir.

Adotou a alcunha de anjo caído

olhos de fogo e essência de desatino,

mas mesmo sendo um abandonado menino

ficou grandioso para um bardo estimado.

Marçal Filho e André Anlub
Enviado por Marçal Filho em 16/07/2012
Reeditado em 23/06/2015
Código do texto: T3781273
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