FUI, FOSTE, FOMOS

FUI, FOSTE, FOMOS

Fui a pá do coveiro

Foste infiel e traiçoeiro

Fomos execráveis

Fui o prego no sapato

Foste a unha do gato

Fomos inomináveis

Fui um reles proxeneta

Foste filho do capeta

Fomos abomináveis

Fui simplesmente bandido

Foste um pervertido

Fomos intragáveis

Fui unha de fome

Foste murrinha... homem

Fomos miseráveis

(Jajá de Guaraciaba)

Fui uma trave no seu olho,

Calo ósseo no seu pé

Fui o peido de repolho

Seu cocô e o seu chulé.

Foste minha hepatite

E a minha dor no joelho.

Embora não acredite,

És visão do meu espelho.

Um pro outro fomos feitos

Assim bem quis o destino

Agora não tem mais jeito

Estamos como o “genuíno”!

Á sorte agora eu rogo

Mande logo a morte lerda

Precisamos morrer logo.

Nossa vida está uma merda!

Quando eu for pro “andar de baixo”

Pra cima sei que não vou

Vou escutar muito “esculacho”:

Nesta história, fui pivô.

Aleixenko e e Jajá de Guaraciaba
Enviado por Aleixenko em 03/12/2013
Código do texto: T4596731
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.