AMOR -

António Castel-Branco

Yvonne Anita Muller

Que ardor é este que sinto no peito?

E esta tremura que me afecta a mão?

Que pressa é esta do meu coração?

Porque não consigo andar a direito?

São emoções, que afloram da alma

tão encobertas, que se inebriam

com tanta emoção!

Das cordas vocais não sai qualquer som…

Zunem os ouvidos sem distinguir

músicas, falas, a chorar ou rir,

não responde o corpo, foi-se o tom.

Não te conflites! tendes paciência!

Quando o corpo da amada tu tocares,

como mágica, os ouvidos que agora zunem ,

se restabelecem como bálsamo,

a responder a voltar o tom.

Será que sinto amor ou paixão,

que penetraste em meu coração

sem pedir licença, anunciar?

Sentes Amor! disto sei ,

ouvirás que te fale

ao ouvido baixinho a anunciar

a grandeza deste bem Amar .

Rebela-se o corpo, só quer sentir

o teu encostado, ver-te sorrir...

A razão cede, vamo-nos amar.

Desnudos diante de tanta beleza alva

serenos , amantes unidos de alma

mesmo em secreto e na calma se amam.

Estoril, 31/08/2005 PORTUGAL

Bragança 29/9/ 2005 BRASIL

Jasmine e António Castel-Branco
Enviado por Jasmine em 02/03/2014
Código do texto: T4712661
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