O Triste BOTICÁRIO (CURA)

Canto I

São tantos rostos cobrindo minhas visões
é o vazio desconhecido que não quer se percebido
então me derramo na raiva da autocontemplação...

Marchando de olhos para o chão
sorvendo em minha inaptidão de sorrir
um bem querer velado pelas estrelas da imensidão...

Eu não queria estar aqui...
Respiro profundamente consciente do prana
queria querer gostar daqui...

Nas minhas costas a mochila pesa como o mundo
O dia esfria (Droga) fina é a camisa...
Caminho de olhos fechados
buscando no raso o que não encontro no profundo!

Eu quero sorrir, de verdade, não vazio por dentro
Eu quero amar, deixar fluir, as belezas que tenho por dentro...
Quero viver, mas a vida me mata...O dia acaba e o que fiz?

NADA!!!

Vivo para sobreviver?
Quero as montanhas do Himalaia
um amor onde recostar minha cabeça cansada
ir onde ninguém mais foi, quero gritar e jogar fora a dor
e que o eco se espalhe pelo o mundo em ressonância de amor!

Não é raiva, muito menos o mau humor...
Apenas incomodo na inércia que me vejo...
cheio do que fazer e vazio do que almejo
plantar a cura em sementes de paz, sarar do mundo a dor




Canto II

Quem despertou e a primeira visão foi uma estrela
estranha esse mundo de asperezas...
Quem é profundo vagueia no raso buscando entender
essa vã eternidade da carne que há de morrer...

Ver os sonhos desconstruídos machuca
ainda mais quando o que se sonhou não foi egoístico...
Mas a vida também pode ser salva com um suspiro
melhorada com o ensaio de um sorriso!

Não passar da conta no que é pedido e sentido
Os caminhos não são de acasos, tudo é predito...
Caminhe então para teu trabalho
Recoloque o mundo em seu lugar

na mochila apenas tuas ferramentas
o que precisas para trabalhar
fazendo da terceira dimensão
O melhor lugar...

Mesmo na dificuldade em ser gente
há felicidade, e na paciência se aprende:
Que ao nosso redor existe o belo a se ver
e que o chão é sustento e não contemplação!

Que uma árvore cercada de poluição também é vida
merece um olá, um afago, um bom dia!
O boticário que toca o frasco com ungüento
Pode abençoá-lo em um bom pensamento...

Sim... Existimos aqui e “acolá”
temos de trabalhar aqui e “lá”
Tarefa para os fortes e, me creia, de poucos é sorte!

Luana Thoreserc


Canto III
Canto III
 
Em boa companhia Será que sabe esse moço
Que está tão bem acompanhado?
Parece que vai triste esse moço, ao trabalho combinado.
Queria que esse moço me ouvisse
Para lhe contar o que alguém me disse
Que ele foi escolhido há tempos, para esse dispensatório.
Ah! Quem vai na sua companhia me diz:
Sim. Somos da mesma raiz,; somos seus companheiros
E através do seu labor vamos transformar o mundo,
Onde houver dor e tristezas vamos trocar por saúde e beleza;
Se houve revolta e raiva, vamos trocar por paz e amor incondicional,
Mas precisamos que ele nos ouça, que nos sinta ao vestir o avental
E assim por sintonia, manteremos contato. Esses que vão com este moço, são seres de reinos diferentes;
Dois elementais que lhe auxiliam dentro de suas habilidades E dois seres cósmicos, que conhecem os segredos e mistérios; são invisíveis ao seus olhos, mas podem ser vistos, se ele olhar de verdade.

Maria de Fatima

 
Noah Aaron Thoreserc e Maria de Fatima
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 13/04/2014
Reeditado em 13/04/2014
Código do texto: T4767271
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