TIRANDO ÁGUA DE PEDRA

DUETO:
 

Bosco Esmeraldo
 
Aridez, vero deserto,
Sem umidade, calamidade...
Palavras mortas, sem vida,
Isso não vai dar poesia,
Sem lirismo e mais que ismo,
Destila suor secando o pouco de água em mim,
Assim, seca dissecando,
Estripando a vida, o belo,
Alargando a vil feiura,
Seca a seco vapor nulo,
Calor sufoca a última gota
De vida que havia em mim.

 

MargarethDSL
ALMA POÉTICA

Ser poeta é voar com a alma
É ser brisa e tempestade,
É sentir como ninguém,
É ver muito mais além
Descrever até sem ver
Numa “viagem” entrever
Nunca seca nem se anula
Refresca em brisa e acumula
Da alma sempre gota sorver
Mina fluente em gota acalento
Da vida que habita em mim
Sublime feitura que me transborda.
 
Janeiro/2016