Dueto: Ausências

 
(LHenrique Mignone)
Já nem mais sei o porque desta sofrência,
Que me assola, por vezes, como agora,
Pensei até que fosse por teres ido embora,
Que estivesse sofrendo por tua ausência.

Contudo, vejo, talvez por toda caminhada,
Tenha me acompanhado este jeito meio triste,
Por saber que o amor, se realmente existe,
Não o é para mim, não encontrei a amada.

Por vezes julguei tê-la enfim encontrado,
E confiei, vivendo cada um dos instantes,
Para após despedirmo-nos como amantes
Que mais amaram do que foram amados.

Mas, mesmo assim, mantenho a esperança,
De um dia encontrar quem afinal me aninhe,
Me acolha em seus braços onde definhe,
Por tanto amar este amor em total pujança.


 
(Aliesh Santos)
Teu é meu amor...
Minha, a solidão...
Já havia acostumado
Com tua presença,
Fazendo arruaças dentro de mim...
Agora,
O difícil é habituar-me
Com a dor de tua ausência,
Machucando o coração...
Já até convivo bem
Com o doce vazio
Que há em mim...
Em verdade,
Somos todos
Uma grande família:
Eu, teu amor, minha solidão...
Vivemos todos
Numa eterna harmonia...
Só há dias
Que é impossível suportar
A falta...
A falta de teu olhar me perseguindo;
De teu sorriso me sorrindo...
Incomoda saber
Que não estás mais aqui...
É que mesmo de longe, eu tinha-te...
Tinha-te por perto, por todo tempo;
Vivias comigo, eras meu...
Agora, que de mim te fazes ausente,
Sinto-me perdida, vazia;
Agora, vivo só, verdadeiramente...
Aliesh Santos e LHenrique Mignone
Enviado por Aliesh Santos em 17/04/2016
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