«o kico da Lurdes Augusta»

A vida que a gente sente

(segundo o que se consente)

na vida de uma avezinha;

é deveras interessante;

porque, tal qual como a gente,

a nostalgia é bastante

quando se sente sozinha.

Em arrulho doce e quente

É também um hino à vida;

e a terna canção dolente,

melodoa plangente

numa canção dolorida.

Rola que regressa ao ninho

com vontade de partir

ou tem falta de carinho

ou já não tem para onde ir.

À laia de arrulho triste,

repito como quem chora:

O amor, se é que existe,

só tem de eterno a demora

que leva a fome de alpiste

a ser tampa de Pandora.

Sterea/joanad'arc

sfich e T.T
Enviado por sfich em 16/08/2016
Reeditado em 09/04/2017
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