MORTE INJUSTA
MORTE INJUSTA
(Kimbungo David António )
Eu, jamais morrerei
A morte é uma farsa
Sempre será uma desgraça...
Ainda que vejo gentes morrendo
Ainda que todos partirem, ao redor de mim
Em tempestades, desse maldito e injusto mundo
Ainda que a minha primavera chegue, convida-me a partir...
Eu direi, sempre convicto de que não partirei...
Eu, jamais morrerei
A minha vida não tem fim
Porque os meus versos falarão por mim.
(Bruno Rafael Manzoni).
Mesmo que eu perca
em meu coração
a habilidade de poetizar,
ei, escutá-me,
nem a morte poderá
me calar
ou separar
desse amor
que me faz recitar.
A vida me limitou
a um estado
de espírito
restrito,
em um simples atrito
com a realidade,
até a morte
se fez inefável.
A morte não ganhará
e o meu coração
ainda baterá
em meus versos.
Feito: 23/ 08 /2017
"Foi uma grande honra escrever com o poeta angolano Kimbungo David António, um grande poeta da língua portuguesa."