Desvários de Sentimentos

Entre bebidas e fumaça

Uma vaga luz clama ao fundo

Sobre incognitas você me traça

E na congruência da alma me inundo

As palavras são poucas

os olhos que conversam

Susurro numa voz rouca

versos que despertam

Serei eu, porque quero que seja

Mesmo no ruído de uma certa nostalgia

Isolo-te do mundo para que veja

Estilhaços dispersos magia...

Quero que veja, seja

transforme-se em poesia

pois o mundo a almeja

disfarçada melancolia

A objetiva subjetividade

Reflete tamanha amargura

Anulando-se tal enfermidade

Resta-me vertigem, tontura

Caio no chão,

volto à origem

Você me diz que não

pois odeia pessoas que fingem

Um porto talvez infinito

De angústia e arrependimento

Ressaca, gemidos, algo esquisito

Revela minha dor e tormento.

Carol Viana/Paulo Gomes

Paulo Gomes
Enviado por Paulo Gomes em 12/09/2007
Código do texto: T650080