*TUDO BEM!?...*Nina Costa & Silvio Fergon

Inconveniências Que Convém

Nina Costa & Silvio Fergon

Tudo bem se eu sussurar no seu ouvido

De um modo ousado, deliciosamente atrevido?

Tudo bem se eu deslisar as mãos por dentro de suas vestes,

Sentir seu corpo, deixar os dedos fazer uns testes?

Tudo bem, amor, seu fingir que não gostei,

Mas se no fundo adorar?

Se nessa de testa aqui e acolá,

Com olhos brilhantes e face em rubor, pedir pra não parar?

Tudo bem: alguém precisa mostrar pose de pudores,

Os poros, de feromônios, exalando odores,

Atiçando suavemente nossa interna fera,

Os pudores se distraem, e aí, já era!

Tudo bem, que seja eu a caça

de todos seus apelos,

Com os instintos a eriçar os pelos

Causando arrepios e frenesi,

Corpos e almas unidas em êxtase.

Tudo bem: eu finjo ser o lobo mal,

Eu caço e viro caça no final,

É caça, é dança, é troca de lugar,

É tudo bem ser devorado e devorar!

E nessa dança, nessa troca e vira.

Nesse come e se devora, nesse põe e tira.

Em indecência que é normal a quem tem fome,

Sou sua pequena, você meu homem.

Nesse fogo e querer, até o Cosmo diz " Amém! "

E depois da explosão do prazer

O silêncio sussura: " Tudo bem!"...

Nina Costa e Silvio Fergon
Enviado por Nina Costa em 17/08/2020
Reeditado em 06/09/2020
Código do texto: T7038126
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