Seco - Arya e Márcio Hendrik
Hoje o céu parece chorar
Lavando o lixo criando tumulto
Levando junto com suas lágrimas
Os males das almas sofridas.
Sentados a observar a chuva
Os olhos tristes choram
Liberando toda a angústia
Uma vez reprimidas em seus interiores.
O Sangue no chão nada significa para aqueles que
Não se importam.
E aqueles que não se importam Nada tem a fazer
A não ser sofrer.
Para os que amam, instável coração,
Preenchido por lágrimas de noites não dormidas.
Para os indiferentes, crise de identidade,
O sofrimento os faz olhar para o reflexo
E quebrar mais espelhos,
Agonizando por não ver ninguém além de
Fragmentos.
E apenas a chuva lavará a alma de
Ambos.
Quando o Sol voltar,
Todos vão secar,
Transformando- se em novas
Estátuas, geladas, petrificadas.