Serro duas vezes (poesia e fotografia) - 2008

A poesia e a fotografia são olhares da alma. Por isso, fotografar e construir poemas são formas de se edificar um olhar sobre o mundo, a partir do mundo interior. No caso de nossa nova publicação a poesia e a fotografia se entrelaçam para falar de um retorno, um retorno à cidade do Serro cercado de saudade e uma melancolia inequívocas. Com uma câmera na mão e um caderno de poemas não fica difícil olhar a cidade com um olhar de dentro. As fotografias foram realizadas no período de 21 a 24 de julho de 2008. Registram o Serro – casario e natureza – na tentativa de imortalizar a saudade da cidade de terra vermelha que deixa para sempre na alma, uma amável tatuagem. Os poemas são escritos respeitando o sentimento de cada momento. Deixar os poemas intactos é uma forma de preservar a intuição da alma na palavra. O desuso de pontuação e de letras maiúsculas é um recurso poético para que o leitor construa sentidos para as palavras, assim participando da dinâmica da poesia a fim de deixar fluir o sentimento através da palavra e nesse caso também, através da imagem.