Vagalume-Farol - a pulcrocracia dos vaga-lumes
Sinopse
Percorri as páginas de Vagalume-farol tanto quanto fiz
com Mar sumidouro, que conheci de um marujo das palavras
– Fabio Daflon parece manipular cada verso com bússola,
sonar, astrolábio e uma navegação segura. É um campo semântico
caro ao autor: o farol termina por iluminar navios
de poemas e sonetos que nem sequer naufragam. Pelo contrário,
vão percorrendo um oceano de lembranças, com um
tom nostálgico de uma luz que se acende na roça, da brincadeira
com vaga-lumes e escaravelhos. E este farol é mais
que um farol, é um vagalume-faroleiro que tende a iluminar
por onde passa, e não para. É a infância das “miudezas” a
criar um farol tão pequeno que chega a ser vaga-lume não
por acaso, mas para iluminar essas pequeninas lembranças
de um garoto-homem ou mesmo da fome e da guerra. Daflon
rima com a infância, entre estátuas místicas e gregas,
quando até a solidão vira luz em meio às trevas, e é tão arrebatado
com o mar que o transforma em uma taça de vinho,
um mar imaginário ou de fogo e lágrima, ou que “levanta a
saia contra a rocha”. O poeta que adora domingos e a desordem
das estações de um café passado, um eu com frio-calor,
que seja, um eu-lírico apaixonado pelo corpo e pela mente
femininos.
- Autor:
- Fabio Daflon
- Formato:
- Tamanho:
- 4 MB
- Ano:
- 2017
- Enviado por:
- Fabio Daflon
- Enviado em:
- 10/01/2018
- Reeditado em:
- 06/01/2019
- Classificação:
- seguro