Calmaria, posso ouvir o barulho das ondas...

Todos os dias eram iguais para ela.

Habituada desde muito nova com a mesma rotina não se permitia inovar.

Obrigou-se a não gostar de novidades. Todos os dias eram o mesmo dia na vida dela, e as horas, sempre, as mesmas horas.

Acostumada com sua vidinha, não se dava ao luxo de aprender coisas novas, também não gostava delas (as novidade), na verdade às evitava.

Estava alienada. Viva uma mesmice diária e não se importava com isso, nunca se incomodou. Para ela a mudança é um privilégio de poucos, algo muito além de sua miserável "inexistência" humana.

Não podia e não se permitia ser diferente do resto, de todo o resto que, como ela, estavam alienados à uma vidinha simples e pacata.

Não se permitia inovar! (volto a repetir).

_ Os diferente não são aceitos! Pensava ela.

Coube a ela, única e exclusivamente achar um grupo social, enquadrar-se suas normas e seguir suas regras e conceitos rotineiros.

Mas ela não se incomodava com este triste fato de sua vida. Pra ser sincero, acredito que ela nunca acordou para a realidade e percebeu que era apenas mais uma na multidão.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 30/12/2008
Reeditado em 31/12/2008
Código do texto: T1359889