Uma verdade! Você Acredita?





 

        Um refletir maior que viver...
         Amar, maior que querer...
         Um dia, o não, o fim, o adeus...
         Adeus?
         Adeus prolífero...
         Uma nova verdade...
         Baseada em despropósitos infindos...

         Mentir, não!             
         Omitir...
         Assim são tuas verdades mentirosas...
         Não! Omissão...
         Ah! Aquele espelho...
         Nunca usaste...
         Por que?
         Omissão ou crueldade?
         Ah! Sim, te acovardaste...
         Entretanto!...
         ... Juro! compreendo!...
         Não aceito! Mas...
 
         Ousas à denegrir tamanho infortúnio...
         Infortúnio, alvo da tua covardia...
         Ou não! ...
         ...Palavras... Isto!
         ...Palavras, enganar-me-ei...
         Blefaste, sonhei...
         Roubaste-me à vida...
         ...Suportei!...
         ...Ou não!...
         Palavra, ou um verbo transitivo indireto...
         Tal qual teu ser inerce à tamanha futilidade...
         Palavras!
         Não mais às ouvirás...
         Não mais às sentirás!
         Lamentos...Não hás de escutar...
         Resignar-se-á à tua hipocrisia...
         Apaixonar-se-a por tua insensatez...
         Sim... Sorria... 
         Despudoradamente... Sorria... 

         O afã... O algoz, pervetidamente inútil...
         Quem és tu ó mulher?
         Quantas tu és?

         Quem foste tu aos enlaces obtusos e devassos...
         Quão vulgar quanto teu existir...
         Traíste-se à ti mesma...

         Palavras...
         Palavras...
         Palavras...
         Vocabulaste dúbiamente ao teu inteiro fracasso...
         À noite,  deitar-se-a  o corpo mórbido,
         desfalecido à tua total indugência... 
         Sentirás o fervor da inutilidade, da vulgaridade...
         Há incredubilidade do teu corpo leviano...
         Quão repentiamente procuraste o final...
         Ou não...

         Estarás ao início, desasossegadamente infiel...
         A noite transcorrerá lentamente...
         Quão lentamente teus prantos secarão ao apor...
         Palavras não hão de surgir...
         Submergirás intrépidamente infinda...
         Oh! Alma singela à qual profanaste teu ser...
         Ignorar-me-às para tal provir...                                                        
         Palavras...Não hás de ouvir...

         Silenciosamente abafar-te-a tua covardia...
         A qual fizeste-se refém...
         Só restar-te-a à penúria dos desencantamentos finórios...
         Mulher... E a palavra?
         Dissimulaste-se fidelisticamente à tua ignorância...
         Palavras... Sabes...
         Teu mal é viver...



 
                                          O Bruxo...
Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 23/01/2010
Reeditado em 21/04/2010
Código do texto: T2045643
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