Didática

A palavra didática vem da expressão grega techné didaktiké, arte ou técnica de ensinar. Pretende, através de métodos e técnicas, levar a educadores e educandos, práticas de ensino e convivência que representem um projeto pedagógico a ser desenvolvido.

No entendimento popular estabeleceu-se que seu estudo está relacionado a psicologias direcionadas à aprendizagem. É comum nos depararmos com citações de pais, alunos e professores sobre a excepcional didática de A ou o despreparo de B, sempre na perspectiva de desempenhos obtidos. Isto pelo fato das políticas educacionais, comprometidas com o poder dominante e, por tal conta, distantes de qualquer filosofia ou processo libertário, maquiarem através de formulismos mágicos, uma educação baseada na obtenção de resultados e descomprometida com o crescimento crítico do indivíduo.

Movida por um processo invisível e conspiratório, a educação sustenta-se pelo poder econômico e paradigmas - padrões de comportamento nos quais injustiça e discriminação são considerados naturais por grande parte da sociedade.

Estabelecer a partir de um projeto ideologicamente definido, uma relação baseada em conceitos humanísticos que concebam o ser como “ator e autor” do processo histórico, desencadeando um fazer educativo que não queime etapas e valorize a troca entre aprendiz e professor. De forma genérica, seriam essas, algumas das prerrogativas da didática na formação do novo educador. Um ser comprometido com a transformação, construção e evolução de seu povo.

Pelos muitos fatores envolvidos neste tema, penso que a discussão sobre a didática e seu papel na formação do educador não pode ser feita de forma isolada. Faz-se pertinente uma profunda reflexão sobre o contexto no qual estamos inseridos e, uma ação firme na divulgação e execução de idéias que façam da relação educador / educando um exercício de afeto e humanidade.