Todas as cartas de amor são tolas

Já disse o poeta que todas as cartas de amor são tolas. Eu acredito que tolos são aqueles que nunca escreveram uma carta de amor.

Leio e releio diariamente inúmeras poesias falando desse sentimento e, realmente, para a alma não enamorada e insensível essas diversas formas de expressar o amor através da escrita deixam de ser originais. Amor é amor. Nem maior nem menor. Ele tem o tamanho exato dos apaixonados. O tamanho que cada um se dispõe a vivê-lo. Amor não pode ser medido é preciso entregar-se a ele e a medida dessa entrega depende de cada indivíduo. Aqui, volto a reafirmar, ser considerado tolo por expressar sobre o amor é afirmar que ne o poder da vida, não sabe o que é ser inteiro, pleno, feliz.

Os poetas, escritores, contadores de causos, todos, colocam o amor como fonte primeira de inspiração. Não necessariamente o amor que dá certo, o amor correspondido, a “alma gêmea”. O amor sofrido é até mais inspirador. Seja de forma agradável ou não, escrever sobre esse tema é pra quem tem a alma aberta, um sonhador. Amar é imprescindível ao ser humano, ama-se e deseja-se ser amado das mais variadas formas, estamos sempre de braços abertos para receber o amor, mesmo que isso não seja percebido por nós.

Tolos são todos aqueles que não se deixam impregnar desse misterioso sentimento. Sim, impregnar. Amor quando chega, ocupa todos os espaços sem pedir licença. Nesse momento, entra a alma do poeta. Não importa raça, credo, idade. Com “os braços abertos todos sâo alcançados por essa singular experiência que nos vira de ponta cabeça.”, cantar amor, escrever amor, apaixonados sabem como fazê-lo. Tolos e felizes todos que se dão ao Amor. Tolos! Todos os amantes.

Quem nunca se expressou sobre o amor decididamente nunca amou...