Pagodão Rock roll

“Então cole na corda!! ”

“E pra colar comigo tem que aguentar madeirada.”

“Desço a madêra.”

“Chegou a banda da galera

Nao fique quando eu passar

E pra descer quebrando(5x)

Se saia.”

Quem já esteve na “muvuca” sabe o sufoco quando toca aquela música e aquele refrão, pois se não aguenta para que veio? A verdade é que nesse Micareta refleti com o nosso Pagodão é puro Rock Roll, no bom e mal sentido.

Sempre festeiro percebia como eram justo nos pagodões o maior índice de brigas e confusões, sempre! E boa parte do publico (os mais fiéis principalmente) parecem gostar disso, seriam como os roqueiros: Hadbangers, famosos pelo balançar frenético e pelos movimentos bruscos e violentos. O Rock desde o seu surgimento foi taxado de maldito, válvula de escape de jovens cheios de hormônios, revolta e rebeldia, até de satânico o ritmo já foi chamado.

A verdade é que a glamorização da violência na música baiana é antiga, desde quando a corda do chiclete virou ponto de encontro de brigões (e brigonas), símbolo de poder e porque não dizer de status, até o cordeiros disputavam esse espaço privilegiado dos valentões, depois veio a Timbalada dividindo a preferência do folião-miseravão.

Hoje praticamente todas as bandas de chamado “pagodão”, as grandes principalmente, incitam a violência em refrões, bordões ou até letras inteiras, elas perceberam que seu jovem publico necessita extravasar uma certa dose de violência nesses momentos e maliciosamente capitalizaram isso. Duvida? Entre na “muvuca”, só não vá amarelar viu!