Vista a partir de uma estação filosófica espacial, o próprio planeta Terra pode ser uma moradia segura em qualquer de seus quadrantes. Depende da qualidade missiológica de cada morador, ou seja, do que cada um faz de bom para si e para os outros, seja pelo viés social, filosófico, religioso, científico, artístico ou até mesmo negocial ou empregatício.
Todos os continentes geográficos, políticos e emocionais formam um grande condomínio fechado, onde só entra quem tem interesses a buscar. Ninguém vem aqui sem qualquer propósito, só a mero passeio ou só para espiar (embora muitos venham, inicialmente, só para expiar). Todo mundo vem como inquilino, para testar e ser testado, provocar e ser provocado, agir e ser agido, pagando as taxas condominiais obrigatórias, de acordo com as responsabilidades assumidas e relatoriadas ao Grande Senhorio.

Os pensamentos e os sentimentos humanos se transformam a vida toda, em fases sucessivas próximas ou até inteiramente antagônicas, de modo que as preferências culturais, sociais, artísticas, religiosas, filosóficas, empresariais e profissionais vão também se alterando no mesmo passo. Essas mudanças podem e devem ser feitas sem medo de ser feliz ou de ser acusado de traidor, apóstata ou herege. Nosso compromisso eterno seja com o despertar e com a expansão da consciência crística e divina, rumo o cumprimento da missão individual de cada um em cada fase de sua vida ou durante a vida inteira. Qualquer ambiente empresarial, escolar, acadêmico, religioso, público ou particular pode ajudar, desde que concernente com os esforços maiores de cada servidor-missionário.
Certas missões planetárias são mais bem cumpridas a partir da influência do ambiente em que se nasce ou se é educado. A depender da missão preparada para cumprimento aqui no Orbe, uma pessoa pode cair de paraquedas em um ambiente familiar próprio ao despertar da missão que pretende abraçar, seja no terreno religioso, social, educacional, científico ou artístico. Para o mesmo objetivo, pode-se educar e sofrer a influência decisiva de um ambiente religioso, natural, cultural, social ou científico oportuno e específico. Ou pode se educar nas ruas, no convívio com as pessoas, vendendo, ensinando, atendendo nos balcões, nos ascensores de edifícios, nas feiras livres, na camelagem. Onde houver pessoas, aí pode haver chance de aprendizado e de despertamento de missões sociais, ainda que anônimas e despercebidas, mas de grande importância para a engrenagem de todo o Universo e em particular da Terra, que está passando por uma grande reforma íntima, para melhor servir com a ferramenta do amor, da solidariedade e da caridade.
Qualquer ambiente, se apropriado, pode favorecer, mas não necessariamente de forma decisiva. Às vezes, pode também interferir negativamente no cumprimento ou no despertar da missão. Depende principalmente do nível de relacionamento do “missionário” com as regras, ideias, tradições e símbolos adotados pelo ambiente e vice-versa. Depende igualmente das formas de poder e de hierarquizações internas, que têm a ver com a liberdade de ação e com a aprovação e estimulação das metas individuais de cada um. Depende, por fim, dos próprios desafios que cada um precisa transpor a fim de cumprir ou iniciar o cumprimento de sua missão.
Certas missões, para serem cumpridas, precisam do enfrentamento e superação de vários obstáculos prévios, como se fossem parte do treinamento para o alcance do ponto de trabalho.
O importante, enfim, é cada um de nós arregaçarmos as mangas da camisa, para trabalharmos duro nas várias frentes em que temos oportunidade de servir.

A Terra, que está passando pela última etapa de uma grande reforma íntima em toda sua estrutura, precisa da mão de obra de cada um de nós, profissional ou voluntária, mas com boa vontade, como um anônimo trabalhador de última hora. A única qualificação exigida doravante é o propósito de contribuir, como cada um puder, para melhorar as condições da Grande Firma. Cada um de nós tem uma responsabilidade pessoal pela reforma do todo planetário.
A Terra não será implodida nem destruída, mas está sob grande reforma estrutural, para melhor servir aos que nela permanecerem a partir de daqui a algum tempo. As obras estão um pouco lentas. Ultimamente, fazer “corpo mole” no pé da obra é um luxo inaceitável. Pode dar justa causa, mesmo porque estão previstos vários cortes para dentro em breve.
Vamos acelerar o ritmo!

Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 30/08/2010
Reeditado em 24/12/2010
Código do texto: T2467826
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