A oração é um momento de supertranselevação da alma. O orador entra em sintonia com faixas vibratoriais bem acima da sua, através do estabelecimento de um duto vertical de energia. Através desse duto, o ser humano eleva suas melhores vibrações e recebe por ele cargas sincrônicas de elevadas vibrações energéticas transcendentais.
Esse duto quântico é um canal de passagem da dimensão terráquea, predominantemente tridimensional, para a grande dimensão imaterial, especialmente nas faixas compatíveis com a sexta ou até com a sétima dimensão.
Esse “vertical” acima é relativo. O orador dirige-se não exatamente para cima, dentro da nossa perspectiva geométrica, mas, sim, para faixas vibratoriais acima ou bem acima das comuns do terra a terra. Por isso empregamos o termo “supertranselevação da alma”. No momento da oração, a alma se desloca do ambiente físico (trans-) e se expande vibratorialmente (super-) para interagir com energias superiores. E tudo isso sem necessariamente deixar a interação com a sua corporalidade e com as suas realidades concretas circunjacentes.
A oração, pois, quando partida do sentimento, estabelece essa linha de comunicação vibracional superior.
Em resumo simplório, é um diálogo íntimo com Deus. A forma e as palavras são de somenos. O ambiente é de somenos. [Aliás, o próprio Jesus, que não era religioso, mas que era a própria religião ou religação direta de nós com Deus, nem recomendou que nos recolhêssemos aos recônditos de alguma igreja para orarmos. Contudo, ele defendeu que devemos entrar no nosso próprio quarto para orarmos. [“Vós, porém, quando orardes, entrai no vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai que está  em secreto, e vosso Pai, que vê em secreto, vos retribuirá.” – Mateus, 6:6.] O “quarto” aí referido não é necessariamente um vão habitacional. Pode-se entrar em seu quarto, mesmo estando num deserto, mesmo estando em alto mar ou na solidão das ruas, mesmo apreciando o pôr do sol. O “quarto” a que o Homem que não tinha nem casa de morada, e que não fundara nem frequentava nenhuma casa de oração, se referia é certamente o próprio ambiente íntimo momentaneamente acima das densidades materiais.]
O sentimento profundo, sincero e elevado é que viabiliza a comunicação, sem maiores necessidades de clamores, da palavrórios, de prantos emocionais nem de euforias.
 
“Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos”. - Victor Hugo
 
Pode-se não receber o que se quer com a prece, mas só essa linha de comunicação aberta, conducente a um estado de alma mais leve e sereno, e com a sinceridade dos sentimentos, já propicia benesses de conforto espiritual, paz, força e esperança. Já nos abduz para uma dimensão emocional superior.
A prece não implica necessariamente um estado de inércia consciencial frente às pressões das multirrealidades concretas de matriz intra, inter e transpessoais. Ela pode ser dinâmica, em movimento, podendo acontecer durante a lavagem dos pratos, durante a direção de um veículo numa estrada de alta velocidade, durante um embate verbal, durante uma relação sexual ou até mesmo durante uma luta corporal... É uma questão de atitude zen: enquanto se presta atenção não somente ao que se faz para fora de si e para dentro de si mesmo, enquanto se interage com a sensorialidade necessária com tudo o que é feito em seu derredor, entre si e para si, mantém-se em estado de transconsciência, de meditação vipassana, de sintonia com padrões superiores de vibratorialidade. Assim, tende-se a ter mais prazer e percepções profundas e transformadoras com o que se faz.
O estado de espírito, igualmente, não é se alhear do mundo sensorial. É antes interagir com mais graça com as questões dos vários níveis da realidade, enquanto se usufrui da transcendência interdimensional e seus desprendimentos pacificadores. É continuar estando no mais rotineiro jogo das ações ou reações humanas e suas obrigações e múltiplas demandas, mas sem perder o seu centro, a sua quietude interior, o seu êxtase sutil.
O que felicita profundamente não é a feitura objetiva do que quer que seja, mas é o estado de espírito elevado enquanto se faz. É o ver além. É o ver acima e de cima.
 
E o trabalho de Deus pode aproveitar nossa maior receptividade vibratorial e nossa expansão anímica circunstanciais, para adiantar uma solução qualquer que procuramos ou que é procurado por outrem e a quem podemos ser úteis como uma ponte comunicacional, quer física, quer mental, quer artística, quer textual.
 
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Quando se muda de uma vibração menor para uma maior, orar um simples pai-nosso pode fazer mais efeito do que rezar quinze terços completos (um rosário), ler cinquenta sutras sagradas, recitar todos os salmos, tomar uma série completa de setenta johreis, quinze sessões de Reiki ou vinte passes tríplices. Podemos até não mudar nossos problemas, mas vamos nos mudar perante nossos problemas.
Com a devida atitude mental e, logo em seguida, comportamental e laboral, no mínimo, vamos maximizar o efeito desses recursos de apoio e minimizar o efeito dos nossos problemas em nossa alma, tudo isso sem precisão de promessas, penitências, barganhas ou quaisquer sacrifícios religiosos.
Soluçar, sim; solucionar, também sim, agora reforçado.
Deus ora pedindo a nossa ajuda, tanto quanto nós oramos pedindo ajuda a ele.
Mas, a linha média é esta: usar menos a oração como pretexto para transferir responsabilidades, e agir mais; confiar mais em si mesmo; fazer mais o que deve ser feito para melhorar-se e melhorar. A partir daí, o que faltar o Cosmo complementa, sem grandes dificuldades.
O mais importante, pois, não é dirigir-se para Deus, mas é dirigir-se de acordo com os desígnios de Deus, seja na pressão, na compressão e na descompressão. Deixe estar que os nossos problemas hão-de se resolver “por si sós”, no tempo certo, que é o tempo de Deus, que, por sua vez, espera que estejamos de prontidão para que esse tempo seja antecipado no nosso medíocre calendário.
E a melhor prontidão não é necessariamente a fé religiosa, embora esta possa servir de intermediária, como o foi para o próprio Bach. E também não é a conclusão científica, nem a razão filosófica. É a fé em si mesma, a consciência divina despertada, a convicção de que nada acontece por acaso, de que tudo está subordinado a leis naturais, combinadas com leis universais ou divinas, como a lei do livre-arbítrio, a lei de causa e efeito, a lei do progresso, a lei do trabalho e a lei do amor. Observando essas leis, na parte que nos compete presentemente, vamos alterar, para melhor, nosso destino de agora em diante, o mais breve possível, talvez já na próxima página.
Quanto mais estreitarmos nossas relações com Deus, a partir da observância de suas leis, doenças começarão a diminuir, curas aumentarão, saúde e longevidade passarão a ser a tônica, ainda que para isso tenhamos de nos desfazer de muitos bens, conceitos, valores, ideias e regozijos materiais e sensoriais que atravancam o progresso consciencial.
A prece concretizada na convicção e na observância voluntária das leis cósmicas ou divinas é a mais poderosa de todas. Você está nesta corrente? Ou ainda se fia somente na vigília?

Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 01/02/2011
Código do texto: T2765177
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