Quando nos alevantamos em alma na direção do Cristo, Este nos afasta de nossas imperfeições e nos livra de cair em tentações, até afastando de nós objetos-sujeitos tentadores, ainda que só vibratorialmente e de acordo algumas circunstâncias. Só não anula nosso livre-arbítrio de escolher os nossos novos caminhos, inclusive aqueles que eventualmente em direção às nossas imperfeições ainda arraigadas e em direção aos objetos-sujeitos anteriormente tentadores, mesmo que já estejamos a poucos metros do precipício fatal. Deus cura, mas a manutenção da cura depende de cada curado. E a autocura mantenedora é se sustentar num padrão consciencio-vibratorial permanentemente elevado e cada vez mais elevador. Assim, consegue-se mais garantidamente evitar a fragilização dos sistemas de defesa espiritual, emocional e imunológico. A autocura sustentadora é que evita a dupla recaída, qual seja, a recaída para o padrão consciencio-vibratorial de baixo e, neste, a recaída propriamente dita para os braços do objeto-sujeito tentador, cheio de “amor”-ódio para dar. E enquanto isso, vai-se subindo... subindo... E se recair, que recaia dentro de sua nova camada vibratorial, cuidando de se soerguer rapidinho e principalmente cuidando de não recair para o andar de baixo, que é o inferno relativo de cada um de nós, onde qualquer recaída de cima pode virar uma decaída de longa duração, ou pode fazer-se mesmo uma recaída precipicial tão forte e impactante, que pode abalar o chão até sete palmos abaixo.
 
Quando um veterano de quedas e ascensões pensa em recair mais uma vez de caso pensado (autorrecaída), o Cristo, que é infinitamente bom, o demove da recaída nas primeiras tentativas, para que aquele, que já pode até estar com poucas fichas de crédito de energia vital, entenda a mensagem. Alguns encontros não acontecem, por alguma razão; perde-se a chave do carro que levaria o protegido para um bacanal pantagruélico; quebra-se-lhe uma perna às vésperas de uma grande festa que se tinha decidido ir com velhos amigos de copo e por aí afora...
Mas, se o Cristo é amor, Ele é também respeito. Ele nunca derroga a lei do livre-arbítrio que Deus deu a cada um de nós. A evolução não dá saltos e não existe estalo de vieira consciencial imposto de fora para dentro. Ainda estamos no nível de aprender muito mais pela dor do que pelo amor, pelo conhecimento, pela sabedoria ou pela consciência. Se aquele que está na iminência de recair forçar mesmo, pode até realizar o desejo irresponsável da sensorialidade, mas pode correr um risco bem maior de uma recaída profunda e continuada ou até de um acidente grave permanentemente limitador ou fatal.
A depender da decisão que se toma a cada provocação que se lhe acena para um abraço, pode-se estar ascensionando ou cavando o próprio destino. No mínimo, está-se mesmo é acenando para uma provação, se decidir ceder à provocação.
Chega um tempo em que, ou se parte firme para subir a íngrime ladeira, ou se desce mais e mais sarjeta abaixo. Nesta opção, desperdiça-se a moral que se tinha com o Criador, e perdem-se todas as fichas de escolhas alternativas de que se tinha direito.
Agora só há dois caminhos: ou ladeira acima ou ladeira abaixo, a partir do ponto em que se encontra, mesmo que se esteja um leito de UTI. E ainda agradeça por ter a chance de escolher trilhar a ladeira acima. Alguns outros já nem isso podem, porque caíram e se afundaram demais e agora não conseguem demover o peso de sete palmos de terra sobre seu corpo. A figura é forte, mas espelha uma inexorável realidade espiritual: quando se morre fisicamente antes do combinado, por suicídio indireto, a partir de uma sequência de vícios e maus hábitos insanitivos, não se liberta logo da dor nem do sofrimento causa mortis. Estes continuam impregnados no corpo espiritual ou perispírito. Não vale a pena forçar, ainda que indiretamente, uma morte física para ficar nesse estado, ninguém sabe por quanto tempo.
A mesma ladeira pela qual descemos é a mesma pela qual podemos subir, a partir de onde estamos, enquanto tivermos pulmão para respirar. Lembremos apenas que qualquer ladeira de ascensão integral só se sobe estendendo uma mão para quem está acima e estendendo a outra mão para ajudar quem está abaixo, ou então abrançando-se uns aos outros para subirem juntos. Sozinho, pode-se até subir por algum tempo, mas não sem muito esforço nas pernas e no pulmão e não ao ponto de respirar o ar puro da felicidade crística.
 
Mas a questão final é: como saber qual é o tempo em que não se tem mais escolhas opcionais, enquanto ainda se está na carnalidade, e quando só se tem a escolha de subir ou subir para um padrão vibratorial mais espiritualizante na condição de ser humano, não importando em que ponto se esteja? É simples. Como ninguém nunca sabe a quantos metros se está do precipício final ou do pé da ladeira sarjetal, a resposta é: AGORA!
Está-se em frente ao quesito final no questionário de recuperação da vida.
E o complicador é que a grande escola terrenal está para ser promovida de escola primária para escola secundária. Agora, quem não passar no último ano, pode não voltar mais como repetente nesta mesma escola. Pode ser obrigado a se matricular em outra de ensino mais atrasado, onde o sistema é muito rígido e severo, sem amor, sem perdão.
 
A verdadeira cura nasce na consciência. E o amor crístico, em suas modalidades positivantes e autoestimativas, atinge 93% do total de discursos transformadores de consciências alheias. Os 7% restantes ficam nos remédios, terapias, grupos de apoio, conselhos, advertências, sermões e lições de moral.
 
Mais importante do que buscar lancinantemente a saúde física, é buscar a saúde da alma, porque com esta a saúde física vem ou, pelo menos, é subdimensionada pelo vigor anímico. O problema não é a doença, mas a importância que ela poder exercer na mente. Isso não é bom.
Quando o doente se queixa, se lamuria e se revolta contra a sua doença, mais esta se agiganta. O contrário é que é o bom: orar, expandir-se espiritualmente, trabalhar, amar, dar um sentido a sua vida, esquecer um pouco da própria doença, ainda que usitando meios objetivos para se sarar. Temos o dever de valorizar sempre e zelar do nosso veículo biofísico, até o último suspiro. Só não devemos é permitir que a fraqueza ou a doença física interfira negativamente nas ações próprias da alma: pensamentos, sentimentos e atitudes voltadas para o bem. A cura física pode não vir de imediato, porque só quem nos cura amplamente é Deus, mas, enquanto não vem, a doença física pode ir até servindo de plataforma de lançamento mais livre para a alma. Questão de perspectiva.
 
Uma das formas, inclusive, de “adoecer a doença”, ou melhor, de enfraquecer a doença é deixar de ingerir as substâncias condicionadoras que a geraram ou que a fortalecem presentemente. Só essa medida higienizadora já fortalece a mente e o corpo, no geral, podendo desacelerar o processo enfermiço e antecipar o retorno da saúde.
A doença acaba sendo uma bênção divina, porque nos convoca a hábitos salutares que, sem ela, muitos de nós certamente não teríamos.
Futuramente, quando internalizarmos medidas profiláticas profundas, incluindo a melhoria do padrão vibratório, a qualidade dos pensamentos e dos sentimentos, combinada com a diária ginasticização de ações solidárias e afetivas, viveremos muito mais e com muito mais saúde. A profissão médica terá funções bem mais amplas do que simplesmente a de tentar consertar corpos físicos, inclusive porque o sistema de defesa imunológico e o sistema de defesa espiritual da maioria dos seres humanos estarão decorrentemente superpotencializados.
 
Consideremos inclusive que se melhorar e ajudar alguém a se melhorar é um dever humano constante, que pode ser autoimposto a qualquer tempo, a partir do estado em que cada um se encontra, ou imposto pela vida... em qualquer mina... em alguma sina... a partir da próxima esquina.
 

Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 17/03/2011
Código do texto: T2854583
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