Excerto; Água e Óleo.
“O Belo”, a origem, o primórdio, o início, o começo, a essência, o princípio antecedendo assim a distorção, sendo valores e etc...
(Temos que entender que o conceito de beleza hoje não tem nada e nem um resquício se quer da essência da beleza, sendo que não podemos partir do princípio do belo moderno)... Assim a beleza sendo o rascunho vital, ou a manifestação da livre criatividade, o molde, em termos de distorção ou inversão, ou oposto, ou manifestação do egoísmo, vislumbramos assim, ou podemos conotar a idéia do oposto como a impureza, tornando o primórdio, o original, a idéia de pureza, o perfeito e entendemos assim o imperfeito, o ônus e o bônus; onde o sentimento insípido e ao mesmo tempo necessário e restaurador, se torna o líquido que nutri e provoca o funcionamento mínimo da máquina, elucidados assim, “o puro sentimento” ou o “belo elixir”, o resgate do perfeito através do necessário, onde a distorção, ou simplesmente o oposto, movidos pelos ventos da modernidade: O óleo que lubrifica a engrenagem da terra; permite a mistura superficial e aparente do “óleo” e da “água”, venha a entupir nossas veias, sufocar o coração, nos fazer menos humanos, a funcionar com combustível adulterado, e impedindo a nutrição plena e funcionamento pleno das janelas, ou portais, ou luminares da máquina, os olhos, barrando a prática do conhecimento transcendente, embriagando a fusão das experiências práticas e teóricas, e isolando os links para a comunicação plena do ser vivente habitante da caixa encefálica, descartada então a “sabedoria”, desperdiçamos a “chance” de restaurar o “belo”, e “adulterando” o abastecimento da máquina perdemos ao poucos, tudo o que há raiz, formando uma teia corporativa baseada numa aparentemente “bela” árvore, mas, que está plantada na areia, onde a origem do oposto se vai com o vento. Nisto, ao distanciarmos da raiz, e nos afundarmos naquilo que não possui uma origem “pura”, que é quando nos tornamos “fúteis”, provocamos o suicídio da nossa mente, sentados junto ao balcão do bar, onde um senhor gordo, inchado, doente, chamado “ego”, cujo o sobrenome surge do produto produzido pela máquina transviada, nos serve sem intervalos a bebida que nos satisfaz, a bebida que dita o nosso comportamento e gera a nossa melanina, a bebida extraída do poço sem fundo à vista, que provavelmente é a mesma bebida que matou os nossos ancestrais, o “veneno”. Mas, em meio ao caos da existência, nutrida pelo “belo sentimento” e abastecida pelo “puro elixir” admiramos a flor púrpura, surgindo como fênix, pronta para guardar seus pertences corrompidos de volta dentro da caixa de pandora. Assim, pegamos o trem rumo à caverna da nossa alma, buscando resgatar o inevitável (e “opcional” mediante as escolhas) o “fruto da árvore da vida”, guardado e escondido a sete chaves dentro da crosta que envolve o “belo”.
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(Água & Óleo: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/293439)