Eu preciso ser flor.
Primeiro de novembro, e uma dor na alma.
Ninguém entende a minha sensibilidade,
ninguém nunca vai entender.
Ninguém sabe o tamanho das minhas angústias.
Ninguém suportaria carregar o peso dos meus questionamentos.
Ninguém imagina o quão difícil é ser eu.
Ser assim tão sensível.
São tantas lamentações,
tantas dores mal resolvidas,
tanta falta de consideração de algumas pessoas.
Ah! Eu preciso ser flor!
Com uma vida fugaz, o sol, o vento, a fotossíntese
e com a presença harmoniosa das abelhas.
Quero o amanhecer e o entardecer me sentindo flor.
Sem dores apenas abelhas.