Dia do Desafio

Como já virou bordão: Lá vem mais um Dia do Desafio e pelamordedeus ... até um fã de Mao Tsé-Tung sabe que um evento de mobilização como este não irá (nem pretende) resolver, algo complexo e desafiador como a questão do baixo nível de atividade física populacional. Eventos de mobilização como este tem com função sublinhar, alertar, propagandear algo específico, neste caso a inatividade física. O óbvio lulante dessa história toda é a recriminação com ataques sistematizados a eventos desta natureza (caminhadas em academias, por exemplo) que coincidentemente tenham como enfoque o exercício físico. Haaaaa simmmm, concordo! Em minha opinião éramos mais felizes quando vagávamos por campos verdejantes como Teletubbies sem pancinhas, não havia academias (nem mensalidades de academias), como numa foto que tenho de Feira de Santana em 1938 e sua esbelta população. Inclusive a meu ver o exercício físico, a academia, o novo design das avenidas são como a rodinha giratória na gaiola dos hamsters atuais que somos nós (trancafiados, robotizados e coisificados), mas daí a demonizar o Dia do Desafio é no mínimo caricatural.

É birra com o exercício físico? Deveríamos parar de nos exercitarmos agora para tratar de outras coisas?Devíamos antes mudar nosso modo de produção, é isso (de novo!)? Nessa linha podíamos também revogar a lei da gravidade, quem sabe? Instituir o PSBP – Partido do Social Balanço Ponderal. Aposto que se em nossos comícios convencêssemos a população que o mau hábito alimentar e o aumento de peso é uma invenção da sociedade cristã ocidental ganharíamos a simpatia de muita gente inclusive de Mestres e Doutores rechonchudinhos.