Focando a alegria

Responda rápido: O que vem em sua mente quando falamos em metas e atingimento de resultados em ambientes de trabalho? Particularmente, na sua empresa, setor, escritório etc., provavelmente surge a face (nada simpática) do seu chefe ou uma tensa reunião regada a gráficos e copinhos sujos de café, algo do tipo “prestação de contas” (lembra quando os professores tomavam a tabuada?).

É tendência natural relacionarmos sempre os números finais de nosso esforço de trabalho com sentimentos de preocupação (pré-ocupar), stress e tensão, como se houvesse uma fogueira para pular, muitas vezes bem alta!

No profissional moderno, estas analogias formam uma neurose comum e até necessária para que a roda de desempenho coorporativo continue girando, preferencialmente superando-se a cada ciclo. Seria um estimulante da nossa própria fisiologia se não fosse o fato de que pensamentos como estes consomem uma energia psíquica que seria mais bem empregada se redirecionássemos para aprimoramento de nossa auto-eficácia e consequentemente maior foco e assertividade.

Sucesso é algo bom, dever cumprido é prazeroso. Então, convido você a pensar em algo diferente, algo bom, prazeroso, engraçado, cheiroso, saboroso, como um bolo de chocolate, por exemplo. Agora, materialize este sonho e compartilhe com sua equipe de trabalho: ao final de uma reunião regular, sugira compactuar uma bela torta de chocolate para comemorar a meta atingida, caso julguem interessante, pode ser também um jantar com os “respectivos” (esposas / namorados) ou uma viagem de final de semana à praia.

Ao criarmos este estímulo, alteramos a psicosfera e reprogramamos nosso cérebro, de modo que ao acessarmos a ideia - resultados / prestação de contas -, relacionamos automaticamente (quimicamente) a chocolate, praia ou churrasco.

Nossas memórias, mesmo as construídas em bases puramente lógicas, são armazenadas em formato de imagens, pequenos filmes que “rodam” quando são acessadas a partir de estímulos (ideias, palavras...). Daí vem à tona, em nossa mente, a imagem de referência. Por isso, esse exercício, aparentemente ingênuo e subjetivo, é mais real do que imaginamos.