E esse sol já não é pra mim.

O “não sei” das suas frases, sempre apimentados pelo calor do adeus, me feriam com pulso forte, mas em nenhum momento me rendi.

Cresci ao longo desse tempo, pedi por mais uma chance, e mesmo quando desisti, eu só queria mais um pouco de ti.

E você nada me deu.

Quando o telefone tocava, não era teu nome que eu via, mas o de outro alguém, que não sei bem de quem se tratava, também não fazia questão de saber... É que dava importância a uma fidelidade sonhada, que você jamais soube que existiu.

E você teve medo de amar, você teve medo de...

Amor.

A noite acabou, e o sol que na janela brilha,

Não é mais meu...

E você teve medo de amar, você teve medo de...

Amor.

É me prendo a tudo que não tive, e a tudo que não posso ter.

O dia passa, as mesmas pessoas passam por ele, e percebo que você faz parte da minha vida, mas eu não faço da sua.

Ensaio um desabafo, jogo palavras sem significado num papel, mas não faz diferença.

A verdade é sempre a mesma.

Nossa covardia nos cegou.

E esse sol já não é pra mim.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 15/10/2011
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