ODE À PRINCESA (às avessas)
Princesa presa em seu calabouço
gata borralheira
adormecida
e anestesiada de neve
enojada pelo beijo no sapo
sua cabeça doeu pelo peso da trança
em seu castelo assombrado
ou em seu majestoso trono
ornando roupas pesadas
e brilhantes
ostentando um rosto pálido e miúdo
que mau consegue arrastar curtos passos
ajudada pelas criadas
cheia de petulância
e vazia de si.
Ana Lú Portes, Juiz de Fora, 29 de Maio, 2012