Não quero filosofar... (Parte 1)

Deparei-me com a seguinte frase, na minha página inicial do meu FACEBOOK:"Quando as pessoas temem o 'governo', isso é tirania. Quando o 'governo' teme as pessoas, isso é liberdade." (Thomas Jefferson).

Considero perfeita essa frase de Thomas Jerffesson. Leva-me a muitas reflexões. Pois essa ideia de “liberdade” foi aplicada por este filósofo político e terceiro presidente dos Estados Unidos, para alcançar o poder estado-unidense, para elaborar a Declaração de Independência Americana, estabelecer a lei da liberdade religiosa da época, fundar a Universidade de Virgínia, bem como, usar desse seu lema “liberdade” para Comprar a Louisiana.

Explica-se que a “forma de liberdade” como ele mesmo interiorizava, atrelava-se a ideia de “dominação”. Inclusive atribui-se a ele, o grande responsável pela promoção dos ideais republicanos nos EUA. Ou seja, o referido país vem insistindo em se manter como grande potência mundial para seguir os ideias de “liberdade” de Jerffesson e permanecer na condição de “dominador” sobre os países do SUL. Um tanto contraditório. Sei que a questão de liberdade sempre foi motivo de acaloradas discussões em toda história da humanidade. Isso vem se refletindo desde as teorias do conhecimento da antiguidade. É um tanto que complexo fazer uma ligação ao verdadeiro conceito de liberdade. Também não sei defini-la de tal modo. Mas gosto de remeter ao pensamento de Jean-Paul Sartre (do livro ‘A náusea’), é o caminho mais fácil de entender melhor a definição dessa palavra revolucionária. “Todos temos de fazer nossas escolhas com total liberdade, mas com responsabilidade, sabendo que essas escolhas livres podem magoar outras pessoas, associando, assim, a liberdade ao sentimento de culpa.”

Em outras palavras, a liberdade está intimamente ligada à questão de CONSCIÊNCIA MORAL e não à ideia de PODER/DOMINAÇÃO. Não sou historiador, nem filósofo político, apenas... trago aqui reflexões de minhas leituras. A frase de Thomas é excelente, mas não justifica para o contexto atual algumas atitudes ou práticas. Acreditar nisso é mesmo que concordar que os “Inconfidentes” foram os heróis do Brasil.

Ediênio Farias
Enviado por Ediênio Farias em 29/08/2012
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