DA CRIMINALIDADE E DA MAIORIDADE PENAL II

Repito: José Monir Nasser dizia que o Brasil vive uma criminalidade alta por culpa de uma crise moral que vivencia, em que se arquiteta a ideia de que a pobreza e a desigualdade social são justificativas para aquelas pessoas que recorrem ao mundo do crime para sobreviver.

Sendo assim, fica a ideia na mentalidade social brasileira que estudar, empreender ou investir é coisa de burguês explorador e que o trabalhador e o empregado são peças de exploração de quem tem recursos para investir – o capitalista – mesmo que essa ideia venha da esquerda e, o que a esquerda que está no poder faz é, tão-somente, reforçar o Estado, o governo e o Partido Político como maiores capitalistas da nação prendendo o capital maciço fruto do trabalho da nação em suas mãos, atrelando a elite capitalista (alta burguesia) ao seu lado, da mesma forma rendendo ela às amarras do governo, assim como rendendo com dívidas, financiamentos e burocracia desleais e desproporcionais pequenas empresas e trabalhadores autônomos.

Ora, dessa forma, como o povo fica apático achando que estudar não é lá o caminho, pois é coisa de “riquinho filho da puta”, e se estuda ainda encontra escolas (sobretudo se forem públicas) e universidades (sobretudo se forem privadas) capengas quanto à educação, bem como o ato trabalhista e investidor são atos de exploração, logicamente, uma parte dessa gente não se mexe permanecendo ociosa esperando algum milagre governamental. Tem delas que esperam esse milagre honestamente, porém tem uma banda podre dela que parte para o mundo do crime tendo na cabeça, tanto ela criminosa, como boa parte de pessoas não criminosas, que alguns cidadãos estão no crime ou devem ir para o mundo do crime porque sofreram uma exclusão social... Ou seja, só na cabeça dessa gente aquelas pessoas criminosas foram injustiçadas socialmente por culpa da “desigualdade social”. Por exemplo, como se o “pobre” (na maioria das vezes nem pobres são) vagabundo matador de velhinhas, assaltante de banco, assaltante à mão armada, ladrão de bolsas nos centros das capitais, aviõezinhos ou ladrão de galinhas fossem coitadinhos que não tiveram “oportunidades” na vida. Bolas! Quem injeta esse papo não é o governo esquerdista ou o militante esquerdista, então por que os políticos da esquerda que estão no poder não dão tais “oportunidades” e os militantes não as cobram? Por que não, já que ficar com esse papinho verborrágico de que a desigualdade e a exclusão sociais são as molas vetores para a alta criminalidade só faz, na realidade, aumentar nosso nível criminal?

Sabe como aumenta? Assim: fica nas esferas da razão pública como Ministério Público, delegacias de polícias Civil e Federal, alguns policiais militares (graças a Deus a maioria das polícias militares ainda é quem combate ferrenhamente o crime, por mais que o PODER JUDICIÁRIO seja maleável e moroso em alguns casos criminais) Magistratura e OAB (inclusive teve até um advogado criminal – fulano de tal - que disse: “todo bandido tem ética, um não entrega o outro... Toda profissão tem ética”... Como se bandidagem agora fosse uma profissão), escolas, mídia, Universidades e até o Direitos Humanos ,que tem seu escopo conceitual subvertido, como se o fato de fazer valer os Direitos Humanos fosse o de unicamente conceder regalias a criminosos... Pessoas com essa mentalidade são quem estragam nossa sociedade, tanto agindo com um discurso que só impulsiona o crime como agindo de forma a proceder com maior impunidade ou punindo fragilmente... Logo, esse povo que era pra está cuidando da bandidagem finda, consciente ou inconscientemente, tendo peninha de bandido o achando coitadinho, ao passo que alguns delegados fazem inquérito policial mal feito, sem vontade de fazer; advogado criminalista defendendo criminoso hediondo dando status de santidade; promotores públicos e procuradores fazendo vista grossa para nosso alto índice de criminalidade em que, só de homicídios por ano, aqui no Brasil, temos mais de 50.000 (cinquenta mil); professores pregando maciçamente o marxismo dando vazão à luta de classes ou juízes sentenciando de forma sorrateira e frágil criminosos comprovadamente culpados... Tudo pelo fato de na cabeça dessas muitas autoridades, maleáveis ao crime e para com a maioria dos bandidos, ter a opinião formada que Fulano e Beltrano estão no mundo do crime e são “bichos soltos” porque não tiveram “chances” na vida, foram “excluídos” da sociedade e vivem uma “desigualdade social”.

Vês só, mas que alienação mental da nossa sociedade! Vês de fato quanta crise moral e quanta falta de escrúpulo intelectual?

Por isso continuo com a ideia: redução da maioridade penal já? Não; também!