arte e ontologia

a arte, infelizmente, nasce da falta de plenitude

se tivéssemos plenitude seriamos Deuses

e por não os sermos, podemos ser artistas criadores..

a arte nasce da diferença entre a realidade

e o ideal de perfeição.

Esses desajuste entre o que é e o que poderia

ser é o campo de criação de qualquer pessoa que

queira agir no campo da arte...

pega se o questão do teatro. Todos personagem

lida com uma certa limitação de sua ação, essa

limitação é o que chamamos comumente de vida

o desencaixe entre a ação perfeita e a que acontece

em atrito com as barreiras. Por isso os personagens

tem tristezas, medo, inveja, raiva. Esses sentimetos

básicos e mais uma míriade deles brota diante da perda

da ação perfeita...

muitas vezes acontece do ator não possuir essa capacidade

de entrega ao corpo, então aparece personagens vazios,

sem expressão que não toca na profundidade do expectador...

isso vale para a escrita poética. a matéria prima do poeta é ele

mesmo, conforme ele avança na textura do mundo. e o que é belo

é que qualquer pessoa poderia fazer isso, mas desde que tenha

a coragem de buscar um interioridade. mas claro que matéria

é substância, é apernas uma categoria da existência, conforme

Aristóteles. a busca da forma, a formatação da vivência em símbolos

e expressar de forma que a beleza aconteça é um trabalho árduo

que exige dedicação e desistência, destruir o castelo erguido e recomeçar conforme novo entendimento ...pois a forma é poema na medida que entra no arcabouço de compreensão de algum leitor.

o entendimento poético passa pela idade e pela quantidade de categorias ontológica que o leitor conseguiu organizar no seu mundo psíquico.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 12/02/2014
Código do texto: T4688629
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