Pedro: o primeiro Papa? Ou os papas surgiram depois e assumiram papel central na Igreja Católica?

Santo é ser diferente; vem do grego: agion, daí hagiologia: história dos santos.

O santo é Cristo, O santo dos santos. Jesus nos conclama a sermos santos e perfeitos como o Pai do Céu.

Nos passos de Jesus, os santos se tornaram os mais humanos dos homens ao assumirem sua humanidade, segundo o Cardeal Savaiva Martins, da Congregação da Causa dos Santos no Vaticano: "ser santo é ser profundamente humano" para corresponder ao Projeto de Amor de Jesus, chamado Reino de amor.

Só podemos entender a verdade de cada página depois de virar a mesma, sem esquecer de entendê-la.

Essa metáfora nos remete à verdade de que devemos contextualizar os fatos históricos da Igreja e seus líderes, seja Pedro, sejam os seus sucessores, sejam os Papas medievais e o de hoje.

Pedro é quem confessa Cristo o filho de Deus Vivo. E Jesus reconhece Pedro como inspirado por Deus e declara São Pedro como "Tu és Pedro; sobre esta pedra/cefas, edificarei a minha Igreja: as portas do Inferno não prevalecerão sobre a minha Igreja..." Mateus 16, 16-17.

Ao entender a importância de sua pessoa para a Igreja primitiva, Pedro em uma das sua epístolas afirmou que somos também pedras vivas na construção da comunidade de fé em Cristo. (1Pedro 2, 4-9)

Pedro foi crucificado em Roma entre os anos 64 e o ano 67. A partir disso, houve uma sucessão de líderes ou escolhidos pelas comunidades cristãs, dando origem ao primado de Pedro: Lino (até o ano 76, mais ou menos), Anacleto (até o ano 88, mais ou menos), Clemente I (até o ano 97, mais ou menos). O atual Papa Francisco é o 266º Papa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Francisco

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O bispo de Roma recebeu o titulo de Papa a partir do século V.

A questão é complexa porque implica as esferas política e evangelizadora.

"Quando se pergunta pela origem do papa, é preciso refletir: está se pensando numa autoridade política, além de religiosa? No século V, onde se destaca a figura de Leão Magno, que teve papel fundamental no contexto da queda do Império Romano", diz Pedro Lima. no ano 1073, por ordem do papa Gregório VII, ela se tornou de uso exclusivo para o bispo de Roma, autoridade máxima da Igreja Católica. A única exceção é o patriarca de Alexandria, autoridade da Igreja Ortodoxa Grega, que também mantém o título até hoje. A palavra "papa" vem do grego "pappas" e significa pai" na fé.

"A função dos papáveis ou cardeais ou colégio cardinalício é a eleição do Papa no Conclave (ou Capela Sistina fechada à chave) como Bispo de Roma e Orientação acima dos bispos locais."

"O título de Cardeal foi reconhecido pela primeira vez durante o pontificado do Papa Silvestre I, de 314 a 335. Desde tempos do Papa Nicolau II, em 1059 e gradualmente até 1438 com o Papa Eugênio IV, este título adquiriu o prestígio que o caracteriza hoje."

O novo Código de Direito Canônico de 25 de jan. de 1983: "O cânon 349 afirma: Os Cardeais da Santa Igreja Romana constituem um Colégio especial cuja responsabilidade é prover à eleição do Romano Pontífice, de acordo com a norma do direito peculiar; assim mesmo, os Cardeais assistem o Romano Pontífice, tanto colegialmente quando são convocados para tratar juntos questões de mais importância, como pessoalmente, mediante as diversas funções que desempenham, ajudando sobretudo ao Papa em seu governo cotidiano da Igreja universal."

"O Cânon 350, par. 1 afirma: O Colégio Cardinalício se divide em três ordens: o episcopal: a que pertenecem os Cardeais aos quais o Romano Pontífice atribui como título uma Igreja suburbicária e os Patriarcas orientais destinados ao Colégio cardinalício, o presbiterial e o diaconal.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_dos_Cardeais

Os cardeais devem ser os colaboradores do papa nos ofícios e nas atividades delegadas na Igreja, nas congregações no Vaticano e outras funções ou missões em que seria impossível o Papa estar presente em todas elas."

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Uma das necessidades mais prementes na época era reforma das eleições papais. Tinham que ser libertadas da influência nefasta das facções romanas e do controle secular do imperador. Para esse fim Nicolau II realizou, na Páscoa de 1059, um sínodo em Latrão, com a participação de cento e treze bispos. Resumidamente: com a morte de um papa, os cardeais-bispos devem escolher entre si um candidato e, depois de terem concordado com um nome, eles e os outros cardeais devem proceder à eleição. O restante clero e leigos têm o direito de aclamar a sua escolha. (bula pontifícia In nomine Domini)2

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Nicolau_II

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Houve momentos da história da Igreja católica em que o Papa pôde ser leigo, desde que pertencesse as famílias de Roma. (J B Pereira)

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"Ora, a questão resolve-se de maneira bem simples. Eleito um sacerdote (Cardeal ou não) para o sumo pontificado, deve ele, se aceitar a nomeação, ser sagrado Bispo para, então, assumir a Santa Sé. De outra sorte, eleito um leigo (Cardeal ou não), deve ele, se aceitar a nomeação também, ser ordenado diácono, e, então, sacerdote, para, enfim, ser sagrado Bispo, quando, então, assumirá a Sé Romana.

Nisso, vê-se que, embora um sacerdote ou um leigo possam ser eleitos Papa, não poderão exercer o papado nem ocupar a Sé Apostólica sem se converterem em Bispos. A eleição pode recair em qualquer varão, Cardeal, Bispo, sacerdote, diácono, ou leigo, mas, se não tiver o episcopado, deve o eleito recebê-lo. Todos os Bispos de Roma, então, devem ser verdadeiros Bispos, ainda que possam não o ser quando de sua eleição.

Em Cristo, http://www.veritatis.com.br/inicio/espaco-leitor/5385-sacerdote-ou-leigo-pode-ser-eleito-papa

J B Pereira e J B PEREIRA e http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-quando-surgiu-o-primeiro-papa
Enviado por J B Pereira em 17/05/2014
Reeditado em 18/05/2014
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