A beleza como condição fundamental para a felicidade

Com o advento da modernidade em tratamentos estéticos, promessas milagrosas de rejuvenescimento e emagrecimento, tornou-se generalizada a urgência por padrões de beleza pré-estabelecidos como ideais.

Basta ligarmos a televisão e lá estão pessoas lindas e felizes, abrirmos uma revista e nos deparamos com um belo casal em uma mansão com um carro importado na garagem.

Então quer dizer que a beleza traz a felicidade? A realização pessoal e profissional? Os bens materiais? Ou será que são apenas ilusões criadas pelas luzes dos holofotes e quando estas se apagam, retira-se a maquiagem fictícia da vida inventada dessas pessoas?

É absurdo quando alguém confunde o ator com a personagem, parece algo que apenas os tolos fazem, porém, todos nós cremos nas ilusões criadas pela mídia: que para alcançarmos a felicidade temos que estar inseridos no padrão de beleza dos famosos. As pessoas são tão ludibriadas por essa ideia que expõe suas vidas ao risco, entregando seus corpos a pessoas que muitas vezes não possuem nenhum preparo e tão pouco dispõe de ínfima estrutura para realização de quaisquer procedimentos cirúrgicos. O resultado de tudo isso são as inúmeras mortes.

O que não aparece nas mídias em geral é que muitas dessas pessoas lindas, quando se desliga a câmera, são infelizes, depressivas, sofrem de transtornos, são dependentes químicas, etc.

As pessoas precisam começar a enxergar além das lentes das câmeras, das luzes dos holofotes, afinal, a beleza sozinha é vazia, como a vida de muitos belos e belas e a felicidade não floresce no vazio.