B. Mulher W.
Na mídia, nas baladas, em músicas e até na vida cotidiana um ato de desrespeito torna-se cada vez mais corriqueiro e natural: a conversão da mulher em objeto.
A exploração de corpos femininos para satisfazer uma necessidade primitiva animalesca, adjetivos grotescos criados para descrever a imagem deturpada da mulher perante a sociedade e a total anulação do intelecto pensante, essas são algumas das razões e consequências acarretadas pela torrente desrespeitosa dirigida à mulher.
O mais preocupante é que a própria mulher se sujeita a esse tipo de tratamento, sendo conivente com o desrespeito, achando naturais verbos como “comer” e “pegar”, exibindo o corpo como se fosse um carro nas mídias, cantando e dançando músicas que a chamam de “cachorra” nas baladas, deixando-se reduzir a meros corpos, objetos, sem mente e sentimentos.
Como lutar contra esse desrespeito que estreita a visão humana e aprisiona as ideias e direitos femininos? Se as próprias vítimas não se sentem aprisionadas? Se simplesmente ignoram ou acham natural a forma pejorativa com que são tratadas?
Não basta apenas se lamentar por não ser valorizada, é necessária a transgressão do pensamento machista e materialista, principalmente por parte das mulheres para abolição da “mulher objeto”.