Parte 2 Capítulo II – Pássaros falantes: Schreber descreve a linguagem dos pássaros

Para Criar Caso com o Caso Schreber

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Estará disponível, por tempo determinado, para leitura e eventuais comentários o texto PARA CRIAR CASO COM O CASO SCHREBER

Capítulos já postados, na ordem do último ao primeiro capítulo

Parte 2 Capítulo II – Pássaros falantes: Schreber descreve a linguagem dos pássaros

A hipótese em demonstração é que Schreber escreveu as Memórias como um discurso propositalmente obscuro e forneceu a chave para a sua decodificação (f018), suas concepções religiosas, descreveu o processo como construiu as Memórias e como devem ser lidas para se obter o sentido que a elas quis dar. Para esta compreensão é preciso primeiro decodificar o que sejam os “pássaros falantes” a que se refere.

Parte 2 Capítulo I – Análise de palavras chave: Sobrenatural e Revelação divina: Língua dos Pássaros, Suprassensível e crenças

Parte 2 Capítulo II – Pássaros falantes: Schreber descreve a linguagem dos pássaros

A hipótese em demonstração é que Schreber escreveu as Memórias como um discurso propositalmente obscuro e forneceu a chave para a sua decodificação (f018), suas concepções religiosas, descreveu o processo como construiu as Memórias e como devem ser lidas para se obter o sentido que a elas quis dar. Para esta compreensão é preciso primeiro decodificar o que sejam os “pássaros falantes” a que se refere.

Parte 2 Capítulo III – As bases fundamentais do Sistema de Significações, Normas e Valores de Schreber: Fundamentos religiosos de as Memórias

Nesta parte procuramos As bases fundamentais do Sistema de Significações, Normas e Valores de Schreber. A primeira questão é “quais são os fundamentos religiosos de as Memórias?” As pessoas que já leram análises e comentários sobre o texto de Schreber não se deram conta do fato primordial: para se analisar e comentar qualquer texto é preciso primeiro compreendê-lo, quando compreender significar entender o que nele está escrito. Tudo que se diz de Schreber e de sua personalidade se fundamenta em critério de autoridade: Flechsig deu a Schreber um diagnóstico que foi aceito acriticamente por Freud, que psicanalisou as Memórias e, por elas, Schreber. Todos os demais aceitaram acriticamente o diagnóstico dado a Schreber e o analisaram... Epa! Como assim? As Memórias contam 3545 sentenças, das quais o texto de Freud se utiliza, ao todo, de 14%, como é possível analisar um texto deixando de lado quase 90% de suas afirmativas? Serão encontradas em as Memórias sentenças que complementem as sentenças selecionadas e cuja complementação contradiga as conclusões a que Freud chegou, ou que pelo menos não as tornem tão úteis para Critério de Autoridade? Os comentaristas de asMemórias incorrem no mesmo erro de Freud: não perceberam que há sentenças em as Memóriasque são necessárias para a compreensão do que Schreber pretende dizer e estão nos 90% deixados de lado por Freud. As Memórias têm sido analisadas e comentadas SEM TEREM SIDO LIDAS!

Parte 1 Capítulo IV - Conflito conceitual e Sistema de Significação, Normas e Valores

Schreber, um camundongo no labirinto em que se estuda seu comportamento, um experimento in vivo, ainda que não premeditado.

Uma das hipóteses é que Schreber internando-se com um quadro de sofrimento mental, não interessando a causa, passa, quatro meses após, por um período em que delira e não tem controle sobre sua capacidade mental (Razão). Recuperando-a entra em conflito conceitual, ou seja, não consegue explicar a si mesmo como se tornara um doente mental incurável e sob curatela, algo completamente inesperado, da mesma forma como não consegue explicar a seus psiquiatras que não é um doente mental, mas um doente dos nervos. Escreve então as Memórias de um Doente dos Nervos para descrever, usando um sistema de Significação, Normas e Valores próprio, diferente daquele veiculado na Cultura. Este Capítulo procura explicar o que é Sistema de Significação, Normas e Valores, da Cultura e do indivíduo, e do que é Conflito Conceitual e os modos de resolvê-lo.

Parte 1 Capítulo III – Metodologia em Schreber

De as Memórias não se pode inferir uma convicção de que Schreber apresentava uma obsessão da certeza, contendo expressões como “não me atrevo a decidir se,” “eu não posso (dizer, afirmar, etc.)" e "presumivelmente". Afirma não ter certeza inabalável de tudo o que descreve, deixando claro que muito são apenas conjecturas e verossimilhança, ou "intuição e suposições" (f002, f022). Reconhece a não irrefutabilidade e o caráter de presunção e probabilidade de muito do que descreve, e, no capítulo XXI, não deseja convencer as pessoas, por argumentação racional, da verdade de suas "nomeadas delusões e alucinações.” Não há elementos no texto que levem a se cogitar de fraude e não há indícios de artimanhas argumentativas de advogado; ao contrário, sente-se em Schreber uma sinceridade impar e até mesmo certa ingenuidade.

Parte 1 Capítulo II - Objeto de estudo e Metodologia

Faz-se a análise crítica de Memórias de um doente dos nervos, Daniel Paul Schreber, doravante referidas como as Memórias, buscando o que há de verdade nas "supostas ideias delirantes e alucinações" do autor (f133n), a partir da tradução brasileira de Marilene Carone e da tradução para o inglês por Ida Macalpine e Richard A. Hunter.2 O original de Schreber3 foi consultado, embora com o bias de o autor não ser fluente em alemão, sempre que encontradas divergências entre as duas traduções, quando se procurou palavras específicas e o seu significado em dicionário. Para os fins deste trabalho, as Memórias são definidas como um texto escrito em autodefesa, para a suspensão de curatela de paciente recluso em manicômio por acusação de doença mental incapacitante. O argumento principal do autor é provar-se apenas um "doente dos nervos", diagnóstico que não justificaria o rigor judicial e manicomial a que estava submetido.

Parte 1 Capítulo I: Introdução

Aplica-se às Memórias de um Doente dos Nervos, de Daniel Paul Schreber, parâmetros colhidos na análise dos questionamentos de Artaud sobre a Loucura e os mecanismos do pensamento. Embora o texto contenha muitas afirmativas como se fossem definitivas, é forma de se fazer entendido, e elas devem ser consideradas hipóteses a serem avaliadas, e confirmadas ou não pela comunidade pensante. O título é provocativo por isto mesmo, “criar caso”, fazer serem repensados os critérios médicos para o diagnóstico de doenças mentais e a conduta do homem comum diante daqueles que, por quaisquer sejam os motivos, discursam de forma obscura. Os comentários concordantes ou discordantes são aceitos e serão considerados no parto final deste trabalho.

Procura-se atender ao pedido de Schreber e procurar o que há de verdade em suas "ideias delirantes".

Gilberto Profeta
Enviado por Gilberto Profeta em 31/03/2015
Código do texto: T5189715
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