Perfis recantistas (8 - Stelo Queiroga)

Pelo pouco que tenho podido acompanhar da movimentação literária recantista, o Queiroga, Stelo, é dos mais mercuriais membros da confraria.

Sóbrio e ponderado no cronicar, quando descamba para os comentários em textos alheios, é um corisco, tanto pela rapidez e espirituosidade de seu raciocínio, quanto pela luminosidade breve com que risca o firmamento recantiano.

Afirmo isso por algumas interações que fez em textos meus, e em de terceiros que até o presente me foi dado observar, conquanto só esporadicamente. Esse paraibano arretado, que se diz louco por palavras

faz muito mal em retrair-se de quando em vez, melhor seria para o leitor e confrade que ele se fizesse mais conspícuo e mais falante, nos seu falar faiscante, para ilustrar este nosso quase constante inferno de Dante.

Não sei se é o Négo do pendão paraibano que o inspira à auto-contenção, mas o que lhe nego é abraçar o silêncio como melhor opção - deixando a gente na escuridão.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 14/05/2015
Reeditado em 13/08/2015
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