DESCONFORTOS

As vozes das ruas são apelos contínuos,

um alarido que ensurdece os ouvidos

de quem deveria ouvir, de quem deveria conter-se.

As vozes ensurdecem, fazem acordar,

fazem renascer; emergem-se do calor

e do frio, ambos os estados incomodam.

As vozes são livres em si mesmas;

dentro de cada indivíduo,

o pensamento é livre.

Pensar na paz, sonhar com a liberdade,

são atos indestrutíveis.

Um só homem tem a capacidade de aprisionar

a paz e a liberdade.

Nesse estado mental, livre dos muros,

das cercas, dos diques, das valas e dos túmulos.

O homem forja o destino; desatina-se nos enganos,

desenganados, cria um novo tipo paz.

Ele ainda é incapaz de sustentar-se em equilíbrio.

...

Pedro Matos

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 11/10/2015
Reeditado em 11/10/2015
Código do texto: T5411399
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