A Vida é Agora

Em geral, quase invariavelmente, no meio social há sempre discussão sobre o futuro da nossa juventude sem, entretanto, buscar os caminhos adequados para a solução dos seus problemas.

Mas o jovem perdido em seu mundo vazio e sem saber bem o que fazer, vive alimentando a esperança que de um momento para outro, algo de bom possa lhe acontecer. Talvez, quem sabe, ele possa contar com alguém que o auxilie na procura do caminho adequado que o ajude ultrapassar a cortina espessa que o separa de um mundo real e às vezes traiçoeiro.

Entretanto, até que isso o aconteça ele estará perdido indefinidamente, em um mundo hostil, onde apenas os leões famintos sobrevivem. Sendo ele um exímio desconhecedor de um futuro inebriante e ignorado, certamente não serão poucas as dificuldades que enfrentará até que se equilibre na tábua salvadora do seu novo mundo que se inicia.

Segundo alguns jornais e revistas do tipo, “verdade nua e crua”, somos criaturas de um rebanho perdido na natureza, sem saber se ele veio do céu ou do inferno.

A ficção não é um pretexto para a verdade e certamente é um perigoso substituto para ela.

Para ilustrar tal fato diríamos que a juventude é um pesadelo para a Sociedade, que jamais soube o que fazer, ou como tratar adequadamente o jovem, ainda em estado de “transe” e euforia motivado pelas indecisões próprias de adolescente que ainda ignora o rumo a tomar. Nessa oportunidade é que a mão amiga passa a ser de vital importância na condução dessa juventude que está a procura do seu caminho, que nem sempre são aveludados.

Invariavelmente, o jovem perdido nas suas hesitações, quase sempre envereda por algum labirinto obscuro, a procura de algo que lhe traga alguma solução para os seus problemas íntimos perdendo-se, porém, nos tortuosos caminhos de volta ao seio familiar.

“Segundo Thomas Macaulay”, (Poeta, historiador inglês) o crime é próprio do imbecil, que jura nunca se aproximar da água até que saiba nadar”.

A displicência com que os jovens são tratados faz com que a Sociedade pague um custo bastante elevado pela falta do zelo e cuidado para com esses garotos.

A sociedade precisa compreender que é consideravelmente mais barato, mais humano e mais prático salvar o jovem antes que ele se torne um criminoso em potencial do que destruir o seu espírito ou endurecê-lo de tal forma, que ele se transforme num assassino.

Ignorar a juventude é ignorar nós próprios, haja vista que por força das circunstâncias, mais tarde voltamos ao tempo tomando o seu lugar com idênticas necessidades em galgar as escadas do triunfo, numa flagrante inversão de valores.

É aí que a responsabilidade dos mais velhos vem à tona, obrigando-os a lançar mão de alguma iniciativa eficaz, na condução do jovem por caminhos satisfatórios, em vez de abandoná-lo numa selva de lobos famintos.

O jovem não é um perito nem em sociologia, nem em criminologia, motivo pelo qual, ele pode vir a tornar-se uma grave ameaça à Sociedade se alguma coisa prática não for feita em seu benefício. A curiosidade pode conduzir o jovem ao condenável mundo da criminalidade e, por lá permanecer indefinidamente.

Antes que isso aconteça é de bom alvitre que ele possa contar com a mão amiga de quem possa ajudá-lo a encontrar o seu caminho no meio da Sociedade, onde possa estudar, trabalhar e constituir família.

Diante desse contexto devemos lembrar que o futuro é incerto e distante, pois

A VIDA É AGORA.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 28/06/2007
Reeditado em 12/07/2007
Código do texto: T544320