Uma breve análise do momento político atual

No final de 2009, o Brasil ostentava índices econômicos e sociais encorajadores apesar da crise que assolava o ocidente, e o Rio era escolhido para sediar as olimpíadas, em consonância com o otimismo mundial sobre o país, apresentado, na época, como uma alternativa ao estilo oriental. Por esse tempo, todos sabiam: Lula era o cara.

Os bons ventos para o país sopravam de longe, havendo por todo o planeta uma espécie de badalação sobre o Brasil, o país da moda, finalmente descoberto pelo mundo. Comemorávamos a expectativa de copa e olimpíadas, as reduções na pobreza, os altos índices de emprego. Em 2013 a aprovação da presidente atingia níveis nunca vistos, em meio a um clima de otimismo gera.

Mas então, houve a sonora campanha dos meios de comunicação contra o governo; as manifestações pela redução no preço dos ônibus foram guinadas contra Dilma, e tudo começou a dar errado. Aparentemente, isso tinha como alvo as eleições no ano seguinte, 2014. Reeleita a presidente, a campanha prosseguiu com vistas a um golpe político. A tentativa golpista vem se arrastando por mais de um ano.

Externamente, houve uma forte queda dos preços dos produtos de exportação brasileira (apesar da pujança crescente da economia chinesa, cada vez mais forte). Também aconteceu uma inversão na apresentação do Brasil no mundo, revertendo todo o otimismo anterior, ecoando as críticas insistentes dos meios de comunicação locais. Retornamos à nossa condição histórica usual, fomos postos em nosso lugar pelos meios de comunicação.

Assim, internamente, presenciamos uma completa inversão de expectativas comandada pelos meios de comunicação.

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A caçada a Bin Laden vinha monopolizando as atenções dos americanos, havia uma década, quanto terminou em 2011, com o anúncio de seu assassinato e ocultação de cadáver.

Em seguida, paralelamente à campanha de desestabilização política no Brasil, ocorreu a primavera árabe, conjunto de campanhas similares à promovida aqui, resultante em enorme instabilidade e conflitos na região inflamável, gerando desavenças fortíssimas, guerras e desentendimentos de todos os tipos por lá. Lembremos que o petróleo é decisivo em caso de guerra, uma vez que os exércitos param sem combustível.

Simultaneamente, um golpe com características análogas foi patrocinado na Ucrânia, derrubando governo eleito democraticamente, e fechando o cerco em torno de China e Rússia.

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No final de 2014 a produção de bens na China superou a americana, elevando a economia chinesa à condição de maior do mundo. Desde então, a economia chinesa continua crescendo vigorosamente, (apesar de notícias descaradamente mentirosas sobre o fato), sobrepujando cada vez mais intensamente a concorrente, que se arrasta sem conseguir sair da crise desde 2008. Um suposto crescimento americano é financiado pela produção de dinheiro. O “produto” que mascara a crise americana é o dólar, emitido em quantidades crescentes, vários trilhões anualmente.

Mantendo certo crescimento inercial, a economia chinesa terá o dobro do tamanho da americana em menos de uma década.

É esperada, em breve, uma implosão na economia americana decorrente de um efeito dominó que consistirá na eliminação sucessiva de todas as bolhas que a sustentam. Será repentina, como uma transição de fase.

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O yuan, a moeda chinesa, começa a se tornar, oficialmente, moeda de troca internacional no final do ano (2016) pouco antes das eleições americanas.

O dólar ruirá em 2017, ou logo depois.

A queda do dólar cessará a produção do maior produto americano, o dinheiro. A economia americana degringolará. Convulsões sociais violentíssimas sacodirão os EUA e todo o mundo. O caos econômico transbordará por todo o ocidente.

Dois caminhos serão propostos em resposta ao quadro caótico:

um ataque nuclear arrasador a China e Rússia, com prováveis retaliações e devastação do planeta;

a elaboração e implantação de um plano de redefinição econômica e social, alterando todas as metas atuais, redefinindo toda a sociedade, todo o mundo.

Esse quadro norteará as eleições americanas; o presidente americano eleito se deparará com essas duas alternativas.

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O ataque a China e Rússia pressupõe a aprovação mundial. Europeus e asiáticos têm plena consciência de que serão arrasados em caso de guerra, tentarão evitá-la deixando os 5 olhos isolados (EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia).

Líderes independentes, como Dilma, ou Lula, geram o risco de isolamento da posição belicista, razão pela qual devem ser afastados; os guerreiros necessitam de capachos que aprovem sua ação temerária e se aliem a eles na tentativa desesperada de manutenção do poder a todo custo.

A tentativa de derrubada de Dilma faz partes de preparativos para uma grande guerra.

(*O sistema auto-imune político brasileiro começa a controlar a infecção política aqui plantada, é provável que resista ao golpe.)