A LUZ DO MUNDO

O questionamento, presente na prática do pensamento e da reflexão filosófica, é um exercício que nos coloca em constante lucidez. Quando estamos em busca de uma verdade que nos redime e liberta, somos mais capazes de desmascarar as ''falsas verdades'' que permeiam nossa sociedade, revendo nossos valores ao sermos também objeto de nossas reflexões.

Tal disposição (ao colocarmos em suspeita as falsas doutrinas ou as praticas culturais que crescem como parasitas nos solos de nossa civilzação), requer sinceridade para desvelar tanto as verdades mais ocultas acerca de nós mesmos, quanto do mundo que nos circunda; por essa razão sempre irá ofuscar a falsa certeza dos soberbos de espírito.

Tais pessoas, ao evitarem que sua nudez seja exposta e sua opacidade revelada, preferem se cobrir com finas estampas, negligenciando a verdade de Deus em prol de uma farsa mantida em segredo.

Já o exercício da dúvida pela dúvida, do questionamento pelo questionamento, como sendo um fim em si (sem qualquer busca do que seja construtivo e edificante), estereliza as certezas mais nobres de nosso coração, aniquilando quase tudo aquilo que nos torna mais plenos e consolados, deixando apenas pesquenos vestígios de entendimento acerca do outrora nos fazia tão bem.

Uma pessoa empobrecida de fé em Deus e sem fundamento que possa descansar e se consolar, está exposta ao vazio e ao nada, portanto corre o risco de viver sem qualquer ideia do que seja a verdade, se afundando numa maré de incertezas, angústias, dúvidas, indecisões e ansiedades. Sem um princípio que oriente seus passos e o guie por esse mundo caótico e tortuoso, corre o risco de subsistir como um navio sem leme, ou seja, vivendo uma existência desprovida de sentido e propósito.

E se a duvida radical aniquila tudo o que é de mais nobre em nós mesmos, é a contemplação das coisas mais puras e simples um esforço que dá liberdade para as coisas acontecerem livremente, ou seja, serem de fato o que são, e não como ''achamos'' que deveria ser!

Quando damos tempo para a verdade se revelar, para o que é se manifestar como uma flor em constante processo de florescimento, estamos em condições de esperar Deus agir segundo os seus propósitos, permitindo que a graça e a determinação do espírito santo germinem na totalidade de nosso ser sementes de amor, esperança, misericórdia, caridade, perdão, humildade e gratidão.

Se a ciência não consegue dar respostas definitivas para o homem e tampouco a filosofia consegue evidenciar um fundamento para o homem perdido e questionador (sendo a razão humana incapaz de saciar todas as curiosidades vãs dos seres humanos), não temos outra alternativa senão a luz da fé em nosso redentor para guiar nossos caminhos, uma luz que não está acessível para os megalomanícos-soberbos-altivos de coração, mas tão somente aos humildes de alma são dadas tais oportunidades (regozijantes ao sobrevoarem os ares celestiais cheios de mistérios pairando sobre toda a criação).

Pois quem mais senão aqueles que, ao viverem com humildade, conseguem viver do alento e do refrigério de toda palavra que promana do altíssimo? Quem mais senão aqueles homens que possuem grande humildade no coração, os que tem condições de escapar das ciladas de um orgulho desmedido, diferentemente daqueles que ilusóriamente acreditam que podem sondar o impenetrável?

Não são eles- os que encontram sabedoria na humildade-, os que estão mais aptos para sentir com sensibilidade aflorada a verdade resplandecendo sobre seu ser, até mesmo compreendendo tantas incógnitas que pairam sobre suas vidas?

Portanto, não alcançaremos a serenidade através de negociações vis e tampouco através da anistia seremos agraciados por essa dádiva, mas unicamente pela via do amor de Cristo na cruz do calvário redimindo todas as culpas dos homens contritos!

Num mundo tão assolado por injustiça, viver sem a luz da verdade é como andar em longa noite sem encontrar descanso e amparo. Pois se de fato Jesus é a luz do mundo e o sal da terra, nada mais justo do que viver conforme a sua vontade e desígnio, ao invés de vivermos como se nossas vontades fossem a única lei que rege o mundo.

Através de um acontecimento sublime- mediante o martírio de um único JUSTO em prol da vida eterna para os homens-, é que podemos viver imensamente consolados; e, ao contemplarmos com gratidão essa simples verdade germinando na alma de todos aqueles que são fiéis ao Deus altíssimo e soberano, viveremos uma existência dignificada e triunfante contra a morte e o pecado.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 05/12/2016
Código do texto: T5843847
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