SONHAR COMO POSSIBILIDADE DA LIBERDADE

Viver com os pés no chão também é preciso, mas sonhar alto é ainda mais fascinante; não importa se a queda pode ser grande ou pequena, pois o que vale mesmo é se aventurar, e aquele que se aventura aprende a ser mais livre!

Na vida nem sempre conseguimos chegar em nosso destino, porém quanto mais acontece de ficarmos perdidos na estrada das desilusões, mais nos tornamos resistentes para os grandes tombos, pois aprendemos a nos preparar para os acontecimentos mais inesperados e para as situações mais inusitadas.De agora em diante, sabemos que na vida sempre temos a possibilidade do inesperado como companheiro de nossa jornada, havendo, portanto, um escolho sempre a nossa espreita, mas como prevê-lo ou calculá-lo com toda a nossa capacidade intelectual?

A nossa existência está imersa no incerto, mas isso não quer dizer que devemos ficar em cima do muro; e sim nos contentarmos quando paramos para pensar que até as situações mais desastrosas e os acontecimentos mais sombrios são passíveis de envelhecimento e decrepitude.Nada melhor do que o tempo para curar aquilo que parece incurável.

O devir, inerente a tudo o que é vivo e perecível, não deixa de ser sublime e encantador. A vida, então, não deve ser tratada como algo estático e sim com um dinamismo peculiar; a vida é, pois, fluida como um rio em constante movimento (sempre com a possibilidade de ser a todo momento transformada e significada quantas vezes for possível). De maneira imprevisível, a vida segue um curso no qual não sabemos onde irá desaguar a sua trajetória.

É interessante, por isso, que o sonho seja uma realidade permanente enquanto possamos viver, pois nos dá a esperança de que valeu a pena cada momento vivido em tentativas de auto- realização, entre tantos erros e acertos. Enquanto tivermos esperança e capacidade para sonhar, passamos a encarar a vida não como um brinquedo na mão da realidade fria dos fatos ou uma simples obra de um destino cego e estranho a todos nós; mas como uma oportunidade para tomarmos decisões autênticas e também uma oportunidade para encontrarmos um verdadeiro sentido para tudo que fazemos; viver vai além, portanto, de uma sujeição a uma causalidade ou a um determinismo assombroso, uma vez que não somos somente moldados pelo meio; porém, como disse Marx, também agentes de sua própria transmutação. Somos nós, seres humanos, quem erigimos e fazemos a nossa própria história de vida, sem necessariamente nos sujeitar de maneira cega e irrefletida ao império banal das adversidades!

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 16/01/2017
Reeditado em 16/01/2017
Código do texto: T5884196
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