ANCESTRALIDADE

O que significa o homem, Ser humano, sem a sua história? Se todos hoje estamos aqui experenciando uma vida, uma existência é porque ontem alguém nos recebeu de braços abertos para que tivéssemos esta oportunidade. E quem são estes Seres que nos receberam, senão os nossos pais. Eles são os responsáveis por nossa existência, no entanto se faz necessário acrescentar os pais de nossos pais e todas as gerações que os antecederam, nossos ancestrais. Sem eles a terra seria um deserto, um vazio no Universo. Não estamos sós, não ficaremos sós. Nossa formação social, espiritual, intelectual está baseada em nossos antepassados mesmo que cada Ser é um Ser único. Carregamos o DNA de cada um deles, porém é salutar que façamos a nossa parte para o nosso crescimento, caminharmos com nossas próprias pernas cada qual no seu entendimento em despertar para si uma vida bem vivida. Evidente que ao caminharmos surgem obstáculos, insegurança, interrogações, mas estes inconvenientes são colocados à prova a fim de aprendermos e crescermos, afinal a vida não é somente rosas. Os espinhos servem para nos despertar, nos alertar que algo precisa ser modificado, seja nossa maneira de pensar, agir, executar nossas tarefas cotidianas. Quem sabe nos amar com maior intensidade? Respeitar o outro na sua forma de agir, pensar? Somos Seres únicos e por isso devemos respeitar o outro, sermos tolerantes para com o outro em suas diversidades de ideias, comportamentos. Devemos ter em mente que o que somos hoje é uma consequência de ações e aprendizados o qual acumulamos até aqui. Os nossos antepassados contribuíram e muito para nós estarmos hoje vivenciando estes momentos de prazer, alegria.

Algumas culturas em especial a oriental tem como premissa reverenciar e respeitar seus antepassados, pois, entendem eles a importância destes na vida de cada grupo familiar. Em contrapartida nós ocidentais pouco damos importância aos nossos ancestrais, pois vemos a cada dia que passa o surgimento de asilos para idosos, alguns muito próximo de depósito de velhos imprestáveis. Para algumas famílias faltam conhecimentos, para outras faltam amor e para a maioria é uma questão cultural. Alguns entendem que lugar de velho é no asilo e estes acabam passando aos seus descendentes virando uma bola de neve difícil de retê-la. Porém já existem grupos de pessoas mais conscientes onde percebem a necessidade de dar atenção àqueles que um dia contribuíram para o seu crescimento, sua evolução espiritual e intelectual, no entanto estamos longe de alcançarmos o objetivo, cuidando e reverenciando nossos antepassados.

Despertamos para nossa realidade e vivamos com mais prazer, alegria, gratidão para termos uma velhice longa e feliz enquanto nos é permitido neste planeta estar. Cuidemos de nossos idosos pois sua velhice é sinônimo de sabedoria e com eles devemos aprender, ouvi-los, respeitá-los e amá-los. Devemos ser gratos à eles, sentirmos um grande orgulho por eles estarem conosco nos ensinando e nos ouvindo. Ouvir suas histórias, suas experiencias de vida é primordial para nós, sempre lembrando que sem eles não estaríamos aqui vivenciando esta experiencia. Tudo está certo em seu devido lugar. Cada um escreve a sua história, porém o fio da meada está lá atrás com nossos ancestrais onde tudo começou. Parabéns à todos nós que soubemos cultivar a nossa história e mantê-la viva entre o nosso grupo familiar e a sociedade. Namasteê.

Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 07/01/19

valmir de sousa
Enviado por valmir de sousa em 14/01/2019
Reeditado em 01/07/2023
Código do texto: T6550627
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