Ler para poder prover (1) .

Por Fabrício de Andrade

Introdução

Além de dar sentido ao mundo a que pertence, uma das maiores necessidades fundamentais do homem é dar sentido e a si mesmo. Partindo dessa premissa inicial temos o livro, seja ele teórico ou ficcional, constante como o veículo primordial para esse diálogo. O livro tem o poder de servir como ponte até a linguagem, local exclusivo onde o homem se reconhece como humano, e por meio dela pode se comunicar com os outros homens e trocar experiências.

Os educadores, suas práticas pedagógicas e a sociedade sentem-se desafiados diuturnamente na peleja da formação do leitor. Em meio a uma competição desleal, no intuito de atrair o interesse e angariar a empatia das crianças, têm na era da informática vários potenciais obstáculos. O livro, por sua vez, cada vez mais, tem sido abandonado nas prateleiras, das quais só sai por imposição de algum ousado professor, ou de pais que hajam passado por experiências leitoras positivas ao longo de seus processos educacionais.

No entanto o processo de leitura, tende a não ser dos mais simples, a leitura da palavra não se reduz à mera decodificação de sinais (gêneros do discurso), à simples transcrição da linguagem oral. Mais que estes, trata-se de um processo de adentrar-se ao texto, num ato que transpõe os limites técnicos e mensuráveis, ao encontro de um sonho que todas as escolas idealizam alcançar, qual seja a formação de leitores críticos, para os quais a leitura está sob o olhar da descoberta de sentido. Fazer-se germinar em cada leitor esta consciência, significa viabilizar a participação democrática em uma sociedade cada vez mais exigente de capacitação.

Ainda sob essa ótica, o leitor não pode ser - e de fato não o é - tido como receptor passivo de um texto; é concebido como o que produz o sentido, interage com o texto, individual e socialmente, relacionando texto e contexto. Travar uma “batalha fraternal”(2) com o texto e revelar sua trama subjacente, supõe o desafio de interrelacionar os diversos conhecimentos construídos no nosso dia a dia. Nessa busca complexa reside o grande desafio. Imergir na leitura, aprofundar-se em suas linhas e entrelinhas, escavar seus significados, é diferente do que ser mero espectador da decodificação de símbolos.

Portanto, é pertinente tratar neste texto, das formas de participação dos educadores no processo de formação de leitores criativos, autoconfiantes, seguros, competentes e sobretudo adequados ao contexto social no qual estão inseridos. Finalmente é fundamental tratar-se ainda de estímulos, pois o aluno deve a toda oportunidade ser instigado a sentir a ânsia, a buscar freqüentemente a leitura. O leitor em formação necessariamente precisa surgir de uma atitude consciente sua (naturalmente, ou criada, estimulada pelo educador), da disposição de enfrentar o desafio que o texto oferece como nova alternativa existencial. Sobretudo o que se espera, é um aperfeiçoamento na qualidade desta formação, que a muito têm se mostrado vulnerável, mapear seus principais obstáculos, apontar seus maiores desafios e erros de percurso, além de concluir sob a ótica da capacidade de provimento a ser desenvolvida pelo leitor.

Bakhtinismo – Um olhar sobre os gêneros do discurso.

Para Mikhail Bakhtin(3), o indivíduo em quaisquer de suas atividades vai servir-se da língua e a partir do interesse, intencionalidade e finalidade específicos de cada atividade, os enunciados lingüísticos se realizarão de maneiras diversas. A estas diferentes formas de incidência dos enunciados, o autor denomina gêneros do discurso(4), já que “...cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”.(Bakhtin, 1992: 277). Perceber a utilização da língua como um processo com variadas, heterogêneas e múltiplas maneiras de realização, é fundamental para a compreensão do ponto de partida proposto por Bakhtin para conceituar gênero do discurso.

Ao falarmos de linguagem, que é atividade verbal, modificações podem ocorrer em função de desenvolvimento social, de influência de outras culturas, ou de outros tantos fatores com que a língua tem relação direta, até mesmo com o próprio passar do tempo. Convicto do caráter inesgotável das atividades humanas e seu constante processo de crescimento e evolução, torna-se impossível definir quantitativamente os gêneros, que se diferenciam e se ampliam. É o uso que acarreta a possibilidade de transformação.

O autor, com sua proposta de conceituação para os gêneros do discurso veio suprir a necessidade de se compreender os enunciados como fenômenos sociais, resultantes da atividade humana, caracterizados por uma estrutura pilar básica, suscetível a determinadas modificações.

Desagregável da sociedade e disponível em sua memória lingüística, o domínio de um gênero permite ao falante prever quadros de sentidos e comportamentos nas diferentes situações de comunicação com as quais se depara – surge aí a necessidade de uma formação leitora adequada ao meio a que se espera compartilhar. Conhecer determinado gênero significa ser capaz de prever (5) regras de conduta, seleção vocabular e estrutura de composição utilizadas, é a competência sócio-comunicativa dos falantes que os leva à detecção do que é ou não adequado em cada prática social.

Um dos aspectos mais marcantes dos gêneros, que alude de forma direta à questão do “uso” é o fato de que devemos considerar o gênero como um meio social de produção e de recepção do discurso. Para classificar determinada circunstância como pertencente a um gênero, é necessário que se verifique suas condições de recepção, produção e circulação.

A divisão dos gêneros – Primário e secundário

Os gêneros primários são aqueles que tendem a surgir das situações de comunicação verbal espontâneas, não elaboradas – o meio social é fator decisório neste processo. Por sua informalidade e espontaneidade, pode-se dizer que nos gêneros primários temos um uso mais imediato da linguagem (entre dois interlocutores há uma comunicação imediata). Existe essa brevidade da linguagem nos enunciados da vida cotidiana: nos diálogos com a família, na linguagem oral, em reuniões de amigos, entre outros.

Já nos gêneros secundários existe um meio para que seja configurado determinado gênero. Normalmente o meio é a escrita – etapa onde é necessária a formação prévia do leitor-escritor. Então, se há meio, dizemos que há relação mediata com a linguagem, se há meio, há uma instrumentalização. Nesse caso, o gênero funciona como instrumento, uma forma de uso mais elaborada da linguagem para construir uma ação verbal em situações de comunicação mais complexas e relativamente mais evoluídas: artística, cultural, política. Esses gêneros chamados mais complexos absorvem e modificam os gêneros primários.

Surge então o fenômeno de absorção e transmutação dos gêneros primários pelos secundários, o autor traz como exemplo uma carta ou um diálogo qualquer. Uma carta ou um fragmento de conversação do cotidiano, quando inseridos em um romance se desvinculam da realidade comunicativa imediata, só conservando seus significados no plano de conteúdo do romance. É dizer, não se trata mais de atividades verbais do cotidiano, e sim de uma atividade verbal artística, elaborada e complexa. É importante lembrarmos que a matéria dos gêneros primário e secundário é a mesma: enunciados verbais, fenômenos de mesma natureza. O que os diferencia é o grau de complexidade e elaboração em que se apresentam.

Contemplando essa perspectiva, pretende-se analisar essa “elaboração leitora” com foco voltado ao indivíduo, ao leitor, ao seu processo de formação. Na qualidade cuja qual está sendo forjada sua capacidade leitora, nos métodos os quais está mergulhado o indivíduo carregado de “mundo” (gênero primário) quanto mais competente - e experiente - for o indivíduo, mais proficiente ele será na aplicação de determinados gêneros e na facilidade de reconhecimento das estruturas formais e de sentido que o compõe. Em linhas gerais, busca-se lidar com os desdobramentos vinculados ao processo de formação.

As implicações da interação social

A trajetória muita das vezes longa e descontínua, cuja qual o processo de leitura encontra, é cheia de obstáculos. Qualquer iniciativa em direção ao estímulo à leitura deve mobilizar diversos agentes e os mais distintos segmentos sociais, sejam: as famílias, as escolas, os professores, os bibliotecários, os pesquisadores, os autores, os editores, os meios de comunicação, instituições governamentais e não governamentais. Se o que se busca é a socialização do direito à leitura, não apenas como correspondência entre sons e letras, mas como forma real de conhecimento, interpretação e compreensão do mundo e do ser humano, é de suma importância uma articulação intensa, contínua, e harmoniosa entre esses setores da sociedade.

Convalidando a assertiva acima, grande parte dos estudiosos concordam com a afirmação de que a formação do leitor é um processo não necessariamente ligado com exclusividade à vida escolar, mas com grande importância e vinculada intimamente ao convívio familiar e, não raramente, à condição social, que muitas das vezes – no contexto neoliberal nacional – torna-se um fator de grande diferencial, sendo decisório na formação do leitorado ao desencadear distintas reações que se confundem com o período de formação do leitor: a necessidade precoce de trabalho, os problemas familiares (sejam oriundos do uso de drogas, do consumo de álcool), a ausência estatal nas regiões periféricas, entre outros.

Apesar do que se mencionou, a conquista da leitura, seja pelo seu hábito e mais, do prazer de lidar com essa conquista – enquanto instrumento provocador de reflexão e apropriação de conhecimento – é uma exigência social que não tem fim em si mesmo, constituindo pré-requisito para o bom desempenho nos atos de fala e de escrita – gêneros primário e secundário. Cumpre salientar que nessa etapa não se analisa a questão social do indivíduo, no entanto as conseqüências (do processo de formação) são preponderantes na tomada de qualquer decisão de escolha profissional.

Voltando ao processo propriamente dito, espera-se para que um indivíduo, em qualquer faixa etária, venha a se transformar em leitor, a interação - de preferência multidisciplinar - com um ambiente alfabetizador, vivencias a partir de audições de histórias narradas, estabelecendo-se contato com livros e leituras diversas, de acordo com seus interesses, e relacionando suas leituras à realidade. Nesse caso, é preciso lembrar da existência de um grupo humano, no qual o sujeito se confronte com o conjunto e se perceba como indivíduo. Também é possível inferir que a leitura constitui, ao mesmo tempo, auxílio ao desenvolvimento da personalidade do indivíduo, por meio de um conceito global de mundo, conduzindo a um processo permanente de auto-educação e, constituindo um caminho para a conquista de novos espaços, criados pelo próprio indivíduo enquanto cidadãos.

Portanto, a leitura se dá, na prática pedagógica, através de um movimento interdisciplinar que não se pode desagregar do eixo história-sociedade. Desta feita, portanto, é na convivência social que nascem as linguagens, conforme as necessidades de intercâmbio. Teremos então a manifestação da linguagem, por assim dizer.

No entanto, é latente a importância de se poder avaliar e como desdobramento desse processo, que se possa saber delimitar os diferentes fatores de ordem social e educacional, entre outros, que tenham o poder de exercerem influência - em distintos níveis - sobre o leitor e potencializarem seus processos de formação.

É pertinente ainda, mencionar as palavras do educador Jean Foucambert(6), para ele "a escola sozinha não pode dar conta desse processo, uma vez que não inventa nada. Ela apenas transmite ou permite construir um saber que já existe, fora dela." Podendo se deduzir que o processo de “confirmação” do leitor implica em estabelecer-se uma relação com a escrita (principalmente com leitura da escrita) que não existe para a maioria da sociedade. E a escola, sozinha, não pode suprir essa ausência de uso da escrita tão comum no meio social contemporâneo.

Com um ponto de vista mais alternativo em relação aos obstáculos encontrados no processo de formação do leitor as autoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar(7) declaram estar convencidas de que a crise de leitura não se deve à falta de motivação das crianças. Deve-se sim, segundo as pesquisadoras, ao desconhecimento, por parte do professor, acerca da oferta dos textos literários, bem como ao despreparo dos educadores, como leitores(8), e ao uso de técnicas autoritárias(9), como a abominável ficha de leitura, que afastam as crianças do livro.

Interferências cotidianas “modernas”

Já dizia Paulo Freire(10) que a “leitura do mundo” precede a leitura da palavra. Decodificamos olhares, fisionomias, imagens, movimentos e atitudes que permeiam nosso quotidiano. O termo "leitura", em última análise, refere-se ao processo de que todos se usam para interpretar seus mundos. Portanto é possível já nos desvencilharmos (não por completo, é claro) da enrijecida idéia de que toda a responsabilidade referente ao processo de formação do leitor esteja vinculada à escola, ao educador ou aos seus métodos ultrapassados.

Convicto de que o indivíduo pertencente ao ambiente, (mundo) e contextualizado a este é capaz de agregar valores e idéias pertinentes a um processo de formação intelectual tão dinâmico e complexo que os procedimentos “jurássicos” empregados pelos educadores não são capazes de por em marcha as seguintes situações práticas:

- Adequar as disciplinas aos contextos (central ou periférico) em que estão inseridos os educandos na contemporaneidade;

- Apropriar-se das inovações tecnológicas e tirar o proveito necessário para uma resposta acadêmica frutífera (obtenção qualitativa de conhecimento) por parte do leitor;

- Manter-se atrativo (ao leitor) mesmo diante de interferências tecnológicas (em constante evolução).

Diante deste quadro se pode vislumbrar que surge a necessidade de criar novos mecanismos de abordagem ao educando de forma a contextualizar a contemporaneidade e mantê-la adequada ao termo a que se pretende estudar/trabalhar em sala de aula, ou não.

A leitura nos remete à necessidade de se ter no destino (aluno) a recepção do que se pretende e com a qualidade pretendida. No entanto, quando nos colocamos diante dos neo-meios de comunicação/divulgação (internet e televisões à cabo por exemplo) parece que toda a preparação característica do educador passa a se inferiorizar e ao tentar se mesclar a estes novos e deveras absorvidos meios de comunicação parecem se tornar dois animais de espécies naturalmente inimigas, parecem ainda água e óleo: não se misturam.

Você acessa a rede mundial de computadores para quê? Pergunta um professor para seu aluno (seja de periferia, seja de centro, tanto faz) a resposta tenderá aos mesmos neologismos e anglicismos contemporâneos: messenger, orkut, e-mail. Mas isso não é o que realmente interessa nesse contexto. O que de fato é de se causar estranheza é a falta de um “engajamento dos meios” (11) e do próprio educador intolerante às potencialidades da tecnologia que não se sente capaz (inadequado-iverossímil) sabendo-se da possibilidade de se poder questionar quanto ao seu aluno haver “entrado” na comunidade de amantes do escritor Machado de Assis.

O problema reside no descaso do educador, na sua incapacidade de enfrentar os desafios naturais da evolução, na sua inércia habitual institucionalizada. Os dados estão lançados(12) as possibilidades múltiplas de recepção e o que se espera é apenas a ânsia pela leitura. Nada além disso, mas nem isso está sendo possível atingir. O mundo tem entregado de graça, pelas mídias visuais principalmente, uma carga imensa de informações com qualidade e potencial típicos deste grande obstáculo que vem a ser as tecnologias e que têm poder avassalador ante o amor às leituras. “A leitura de mundo” toma à frente como disse o educador Paulo Freire, mas jamais se pode deixar que ela venha a tomar as rédeas.

Conclusão

Não se pretendeu com estas linhas aqui expostas, abominar por completo o processo midiático e seus tentáculos cada vez mais enraizados nos cotidianos individuais de cada pessoa. No entanto é de bom tom asseverar a questão qualitativa no processo de formação do leitor-escritor, que foi ponto pacífico ao longo da abordagem ora em tela. Chegou-se nessa perspectiva, à conclusão que o papel da escola é decisivo no processo de formação do leitor. Para que esse assegure a continuidade do comportamento positivo em relação ao livro, é preciso que o hábito não seja apenas como um padrão rotineiro de resposta, automaticamente provocado e realizado. Mas sim, algo que venha a transcender as barreiras da linearidade, do autoritarismo moribundo presente na maioria das escolas brasileiras.

A prevalência da “leitura de mundo” na contemporaneidade é um obstáculo cada vez mais difícil de ser vencido – visto o bombardeio midiático que vincula-se à teoria dos gêneros de Mikhail Bakhtin, pois os contatos pela fala, audição, visão sustentam-se e encontram fundamento no gênero primário descrito pelo autor. Seguindo nessa perspectiva, torna-se cada vez mais complexa a atividade de desenvolvimento da relação mediata com a linguagem, com a leitura, com a escrita, com a qualidade leitora. O tridimensionalismo (potencializado pela múltipla possibilidade de agregação de meios) está aí, diante de nós estão os meios cibernéticos, e nos falta força e alento para utiliza-los.

Contudo, é preciso desbravar estas novas possibilidades e passarmos a fazer uso desta grande força - da mídia - e somar a esta o poder mágico e insubstituível da literatura. A tarefa parece não ser fácil, mas o que poucos percebem é que as portas (da internet por exemplo) estão abertas as 24 (vinte e quatro) horas do dia, basta iniciar-se uma conexão e a interação tende a ser automática, sem mistérios, sem dogmas preconcebidos. A formação do leitor tem precisado disso ultimamente, de desvincular-se dos dogmas, de realizar estas parcerias, talvez aí esteja residindo a solução. E aí, é possível uma visitinha? Trocar umas figurinhas? Deixemos a preguiça de lado e mãos à obra, ou melhor dedos ao teclado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

MAGNANI, Maria do Rosário Mortatti. Leitura, Literatura e escola: sobre a formação do gosto. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 170 páginas.

BORDINI, Maria da Glória, AGUIAR, Vera Teixeira De. Literatura. A Formação do Leitor. Alternativas Metodológicas. 2ª edição. Série Novas Perspectivas 27. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

FOUCAMBERT, Jean [entrevista]. Leiturização : O que a escola precisa saber (e fazer) para formar leitores . Nova Escola, Brasília: v. 8, n. 65, p. 46-51, abr.1993.

NOTAS

1 Verbo Transitivo Indireto no sentido de correr, acudir, atender, remediar, providenciar. Dicionário Aurélio.

2 Expressão utilizada pelo escritor Argentino Júlio Cortazar no ensaio “Alguns aspectos do conto”, Valise de cronópio, São Paulo, Perspectiva, 1974, pp. 147-163. Batalha esta travada entre a vida (elementos do real) e própria vida descrita pelo autor de uma obra.

3 Mikhail Mikhailovich Bakhtin (1895 - 1975) foi um lingüista russo, nascido em Orel, localidade a sul de Moscovo. De família aristocrática em decadência, cresceu entre Vínius e Odessa, cidades fronteiriças com grande variedade e línguas e culturas. Mais tarde, estudou Filosofia e Letras na Universidade de São Petersburgo, abordando em profundidade a formação em filosofia alemã.

4 Um gênero do discurso é parte de um repertório de formas disponíveis no movimento de linguagem e comunicação de uma sociedade. Desse modo, só existe relacionado à sociedade que o utiliza.

5 É pertinente comentar que essa “relativa estabilidade”, que é inerente a um dado gênero, chama a atenção e deve ser compreendida como algo passível da alteração, aprimoramento ou expansão.

6 Em Leiturização : o que a escola precisa saber (e fazer) para formar leitores nova escola no 65, p. 46, abril, 1993.

7 No livro Literatura: a Formação do Leitor - alternativas metodológicas.

8 Nota-se um vínculo com a visão qualitativa da contribuição social e seus desdobramentos – pondo em cheque a formação dos educadores.

9 Surge a necessidade de se desenvolver técnicas contemporâneas de abordagem ao educando, apropriando-se de meios tais como a Internet, Tevês a cabo e outros.

10 Paulo Reglus Neves Freire (Recife,19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

11 Referente a possibilidade de se poder agregar a estes meios de comunicação contemporâneos, temas capazes de se estimular a capacidade e formação leitora do aluno. Exemplo: Divulgação em sala de aula (pelo educador) de comunidade de amantes do escritor Gabriel García Márquez existente no ORKUT.

12 Referência à obra “Lance de dados” de Stéphane Mallarmé, (Paris, 18 de Março de 1842 - Valvins, 9 de Setembro de 1898) poeta e crítico literário francês. Alude-se a uma disposição dos vocábulos com diferentes formatos de caracteres, artifício que em Um Lance de dados parecia sugerir um efeito de tridimensionalidade no espaço bidimensional Mallarmé apenas não tinha os meios de realizá-lo no sec. XIX, e nos dias atuais, nós temos, por que não usamos?

Fabrício de Andrade
Enviado por Fabrício de Andrade em 30/09/2007
Reeditado em 30/09/2007
Código do texto: T674318