HARPA
HARPA
Que suave melodia tange,
não é uma ária,
não é um tango,
é uma dança de sons,
fundindo os dedos que a tocam,
enlaça o corpo e a mente,
e toca assim suavemente,
uma canção... Será de amor?
Derrama pelos ares
um odor de tons acres,
impossível não tocar,
não dançar,
não se enlaçar,
É a harpa ou o músico,
que emitem esse som inebriante?
Já não se sabe
pois que agora são amantes,
E na madrugada fria
apenas sons, emitem vida.